Nesta
segunda, à meia- noite, no horário de Brasília, o Canal Viva estreia mais uma
novela: O Dono do Mundo (1991), de Gilberto Braga substituta de Dancin´Days,
também do Gilbertão, o monopolizador dessa faixa de reprises do canal.
A novela
conta a história de Felipe Barreto, um cirurgião plástico poderoso, mulherengo e cheio de
marra, que se acha o dono do mundo. O grau de “se achismo” de Felipe é tão
grande que ele chega a fazer uma aposta horrível com um amigo: ao saber que seu
funcionário Walter (Tadeu Aguiar) vai se casar com Márcia (Malu Mader), uma
moça virgem, ele aposta que vai conseguir tirar a virgindade da noiva antes do
noivo. E é isso que acontece.
Márcia (Malu Mader) e Felipe (Antônio Fagundes)
A partir
daí, a vida de Márcia se desgraça, e ela, que sempre foi uma moça recatada, fica
mal falada e é rejeitada por todos, e Walter, seu noivo, se suicida ao
descobrir a verdade.
Para piorar,
Márcia engravida de Felipe e, ao buscar o apoio do cirurgião, ela se surpreende
ao descobrir que tudo não passava de uma aposta e que Felipe não queria mais
nada com ela e, ainda, a aconselhou a abortar.
Márcia perde
o bebê e vira uma moça amargurada, jurando vingança contra Felipe.
Assim, a
novela toda gira em torno do plano de Márcia, mas o público não engoliu muito
esse negócio de a mocinha se vingar do homem que tirou sua virgindade (é,
venhamos e convenhamos, se ela se entregou a ele foi porque quis, e também fica difícil de torcer para protagonistas que tomam atitudes erradas).
O Dono do
Mundo não foi um sucesso de audiência, por isso, a escolha do Viva foi muito
criticada nas redes sociais, mas nem sempre fracasso de audiência significa que
a novela seja ruim, por isso, já estou ansioso para ligar minha TV no Viva à meia-noite.
Ah, a
abertura da novela é linda, vale a pena conferir, e a música não sai da minha
cabeça (longa é a tarde, longa é vida...).
Nessas
últimas semanas, a Globo vem levando ao ar as chamadas de Alto Astral, a nova
novela das sete. Até aí, tudo normal, mas a emissora se esqueceu de um detalhe:
mostrar para o telespectador a verdadeira trama da novela, que envolve
espíritos e fantasminhas.
Parece que a
emissora ficou com medo de assustar o público com o enredo sobrenatural da
novela e resolveu vendê-la como uma história de amor melosa, onde o homem encontra
a mulher da sua vida, a qual ele sempre desenhou, mesmo não a conhecendo.
Historinha chata, né? E as propagandas são piores ainda, dão até sono.
Mas eu, como
um telespectador curioso que sou, resolvi assistir a um vídeo de dez minutos
com as primeiras cenas da novela e tive uma surpresa: no vídeo, aparecem os
fantasmas, e a novela parece MUITO boa. Fiquei até ansioso para assistir.
Mas, se a
Globo insistir em esconder a verdadeira essência da trama, o público não vai
assistir, afinal, quem assiste a uma novela das sete para ver casalzinho
meloso? Novela das sete é para ser uma trama divertida, com uma história fácil
de entender para servir como um descanso para quem chega cansado do trabalho, e
é isso que Alto Astral parece ser no vídeo do site, totalmente o contrário das
propagandas da televisão.
Ah, e os
fantasmas do jeito que vão ser retratados na novela de Daniel Ortiz não
assustam e vão ser parte essencial para o desenvolvimento da história.
Vale deixar
registrado aqui: Alto Astral é uma novela de Daniel Ortiz, baseada na sinopse
original de Andrea Maltarolli, autora de Beleza Pura (quando lembro dessa
novela só penso nas loucuras da Rakelly), falecida em 2009, e com supervisão de
texto de Silvio de Abreu, autor de grandes sucessos na faixa das sete, como a primeira versão de Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986) e Sassaricando (1988), mas também de
grandes fracassos, como As Filhas da Mãe (2001) e o remake de Guerra dos Sexos
(2013) – dá até ânsia em lembrar dessa novela. E deixo também o link do vídeo de lançamento de Alto Astral, para quem se interessar: http://www.dailymotion.com/video/x287lta_clipe-de-lancamento-alto-astral_shortfilms Mas, é o seguinte, apesar de o vídeo ser muito bem feito, e a novela parecer interessante, é bom não se empolgar muito. O vídeo de Salve Jorge, por exemplo, deixava parecer que a novela de Glorinha Perez ia ser tão boa quanto ou melhor que Avenida Brasil, mas a realidade foi BEM diferente.
Essa semana,
na TV brasileira, não teve para ninguém: Maria Clara, de Império, roubou totalmente a cena e deixou Cristina (Leandra Leal), a protagonista sem graça da novela, comendo poeira.
Maria Clara mandando um alô para as inimigas.
A personagem,
que estava meio apagada na trama, deu uma virada e se tornou a queridinha do
público.
Tudo isso
ocorreu porque a semana INTEIRA foi dedicada ao desenvolvimento do drama de
Cláudio Bolgari (José Mayer), que foi tirado à força do armário por Téo Pereira
(Paulo Betti), e Enrico (Joaquim Lopes), seu filho homofóbico e noivo de Maria
Clara.
A moça foi a
mais prejudicada, quer dizer, beneficiada com isso, porque Enrico achou que o
mundo girava em torno do preconceito dele e resolveu não ir ao seu casamento com
vergonha de dar as caras em público depois de surtar ao ver um travesti em sua
despedida de solteiro. Vou aproveitar que falei de Enrico para elogiar a
interpretação de Joaquim Lopes, que divide a opinião dos telespectadores. Muita
gente acha o ator exagerado nas cenas, mas, para mim, exagerado é o texto de
Aguinaldo Silva, e a histeria de Joaquim só corresponde ao que o autor escreve,
e ele cumpre muito bem o seu o papel, pois consegue passar o ódio do personagem
para quem assiste em casa.
Bom, mas
voltando à Maria Clara, a moça que foi abandonada no altar, o que ela fez?
Ficou trancada num quarto chorando? Prometeu nunca mais se envolver com nenhum
homem em sua vida? Nãoooooooo!!!
Aguinaldo Silva, finalmente, se mostrou
original e escreveu cenas ótimas para a personagem. Ela resolveu ir atrás do
noivo, falou poucas e boas para ele e, como se desse um grito de libertação,
voltou com a cabeça erguida para a sua festa de não casamento e ainda tirou o cozinheiro Vicente (Rafael Cardoso) para dançar. Ou seja, Maria
Clara fez o que nenhuma mocinha boba de novela faria, e Andreia Horta que saiu
ganhando com as cenas, porque finalmente pôde mostrar seu talento na novela e
conquistar o público.
Ao contrário
dela, Cristina, a protagonista da novela vai dar outro show de babaquice. Ela
vai terminar o namoro com Vicente porque, no mundinho
egocêntrico dela, o namorado é culpado por ter sido escolhido pela noiva
para dançar.
Por isso,
que faço um apelo aqui: queremos mais Marias Claras e menos Cristinas nas
novelas brasileiras.
Cristina boladona sentada na esquina esperando tu pa... OOOOPS!!!
Ah, e também
estou na torcida para que Aguinaldo Silva continue apimentando sua novela como
fez esses dias. Afinal, o público gostou do que viu, e Império bateu recorde,
finalmente saindo do patamar Em Família e entrando para o patamar Amor à Vida de audiência (o patamar Avenida Brasil é quase
impossível de atingir, mas não custa nada tentar).
Maria Marta, é claro, comemorou os bons índices da novela.
Há
exatamente 15 anos, no dia 18 de outubro de 1999, nascia na Rede Globo, o
programa Mais Você, de Ana Maria Braga e seu inseparável companheiro Louro
José.
Ana
Maria Braga fazia sucesso na Record, onde apresentava o programa Note e Anote desde 1993, mas a
Globo, como sempre fica de olho na concorrência, resolveu contratar a
apresentadora.
No
ano da estreia – ACREDITEM – o programa ia ao ar no início da tarde (às 13:40),
logo após o Vídeo Show. No ano 2000, o programa
passou para as 11 horas, devido ao horário político. Só foi em 2001 que o
programa passou a ir ao ar no horário em que está até hoje.
Veja
o vídeo da estreia do programa
Sobre
esse vídeo, tenho duas coisas a falar: primeiro, tudo bem, pessoas antenadas
sabem que merda é um jeito de se desejar sorte, mas imagino, por exemplo, como minha mãe, uma dona de casa
inocente, toda empolgada assistindo à estreia da Ana Maria Braga, ficou quando
ela falou isso e, segundo, por que raios a Globo colocou esse programa à tarde
se ele é completamente matutino, até a própria Ana Maria disse acorda menina em
plena tarde.
Nesses
primeiros anos, as reportagens do programa eram feitas por Evaristo Costa,
atualmente no Jornal Hoje. É legal ver como ele evoluiu na emissora.
O
Louro José já acompanhava Ana Maria desde a Record e veio junto com ela pra
Globo. O boneco foi criado pela Ana em
1997, mas, como ela não sabe desenhar, dois artistas foram contratados para
isso e, por esse motivo, já houve até briga na justiça pela “guarda” do boneco.
O
curioso é que nem sempre foi Tom Veiga que deu voz a Louro. Quando Louro
começou a aparecer no Note e Anote, várias pessoas emprestaram sua voz para o
boneco, mas Ana nunca achava a ideal. Até que um dia, Tom, que era da produção do programa brincava
com o boneco, e Ana viu e gostou da performance dele e resolveu colocá-lo no
ar como manipulador do boneco, e ele está no posto até hoje.
Bom,
é claro, que, nessa nossa homenagem, não poderiam faltar gifs da aninha pagando
seus miquinhos básicos no programa:
Tem Namaria caindo da cadeira:
Namaria quase tomando um banho de refrigerante:
Namaria sendo trollada pelo Seu Madruga:
Namaria tentando equilibrar pratos, mas não deu muito certo:
Namaria fazendo meladeiro na cozinha:
E, pra terminar, Namaria sendo atropelada:
Essa
foi a singela homenagem do Controle para esse programa, que, há 15 anos, faz
companhia a muitas donas de casa espalhadas pelo Brasil.
Nas
últimas semanas, não se falava em outra coisa a não ser a ida de Grazi
Massafera para o Vídeo Show.
Na verdade, houve sim um convite pessoal de
Ricardo Wadington, diretor do programa, para Grazi apresentar a atração, mas
ela não aceitou de cara e disse que iria pensar melhor na proposta.
Pois
é, agora, parece que Grazi chegou a uma conclusão: ela resolveu que seria
melhor não aceitar o convite. A loira
tem medo de o programa atrapalhar sua carreira de atriz, o que ela realmente
gosta de fazer.
Parece
que Grazi fez a escolha certa. Ultimamente, o Vídeo Show já deu todas as provas
de que não tem mais jeito (o único jeito é acabar de uma vez com o programa!). Já fizeram mil reformulações, mas a audiência só faz
cair.
Agora,
a equipe do programa perdeu suas esperanças de contar com a presença de Grazi e vai se consolar com a chegada das eternas gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca.
As duas já foram apresentadoras da MTV e também já apresentaram o programa Deu Olé, na Band.
Tá,
me perdoem por esse título ridículo, é que não me contive.
Bom,
como já deu pra perceber, esta semana, foi aniversário de uma das novelas do
Maneco mais queridas.
Por
Amor estreou em 13 de outubro de 1997. Nessa época, Maneco ainda sabia escrever
novelas empolgantes, completamente o oposto daquele sonífero que ninguém mais
lembra que existiu, mesmo tendo acabado há pouco tempo (sim, Em Família,
desculpa, mas estou falando de você).
Nem o elenco aguentava...
Bom, mas voltando a Por Amor, a novela tinha como tema principal algo que só o Maneco consegue retratar de
maneira tão sentimental e verdadeira: a relação entre mãe e filha. A cerejinha
do bolo de Por Amor era que as atrizes que faziam as personagens principais
eram mãe e filha na vida real também: Regina Duarte fazia sua centésima Helena
(na verdade, a segunda de um total de três, mas as helenas dela foram tão
marcantes que pareciam até mais), e Gabriela Duarte era Eduarda, a filha mimada
e chatinha. Chatinha é pouco. Eduarda era tão chata que o público chegou a pedir
a morte dela na novela, mas, com o passar do tempo, as pessoas se acostumaram
com o jeito da personagem.A
relação de amor entre mãe e filha já era mostrada na linda abertura da novela,
que passava fotos reais das duas desde quando Gabriela era piquititinha.
Na
novela, Helena era separada do pai de Eduarda, Orestes (Paulo José), que era
alcoolatra e, por isso, sofria com a rejeição da filha. Ele se casou com outra
mulher, Lídia (Regina Braga) e teve uma filha com ela, a pequena Sandrinha
(Cecília Dassi), menina doce e sensível. Foi com a ajuda dela que Orestes
resolveu procurar tratamento no fim da novela.
Que pena que faz tempo que Cecília não é chamada pra nenhuma
novela.
Cecília Dassi
Mesmo
com tantos temas polêmicos, comuns no universo de Maneco, como bissexualismo,
filhos rejeitados pela mãe, racismo (tinha um personagem que era casado com uma
mulher negra, mas rejeitava a filha por causa da cor da pele) e tantos outros,
o que chamou mais atenção na novela foi a troca de bebês feita por Helena, as
maldades das vilãs interpretadas por Susana Vieira (Branca Letícia) e Viviane
Pasmanter (Laura) e o romance do casal Milena (Carolina Ferraz) e Nando
(Eduardo Moscovis).
A vilã Laura
Eduarda
era recém-casada com Marcelo (Fábio Assunção), mas vivia uma relação ioiô com
ele, principalmente por causa das armações de Laura, a ex dele. Diferente de
algumas pessoas por aí que se dizem vilãs (né, Shirley?), a obsessão de Laura
por Marcelo não ficava só no pensamento, e ela agia, não só dando em cima descaradamente
dele, mas provocando Eduarda e aproveitando os deslizes da rival para dar um
bote: quando Eduarda e Marcelo deram um tempo, Laura não pensou duas vezes e fez aquele velho truque do embebedamento e
não deu outra, ela acabou engravidando, e o pior, de gêmeos. Mas Eduarda não
era aquela mocinha bobinha que só faz chorar, ela sabia muito bem se defender.
No final da novela, Laura sofre um acidente de
helicóptero e é dada como morta, pois seu corpo desaparece no mar.
Para
completar, a mãe de Marcelo não era flor que se cheire: Branca Letícia de
Barros Motta (toda vilã que se preze tem que ter nome composto e um sobrenome
de luxo, e Branca fazia questão de gritá-lo pra todo mundo ouvir).Ela tinha
outros dois filhos, Milena (Carolina Ferraz) e Leonardo (Murilo Benício), mas
os rejeitava por preferir Marcelo, pois achava que ele era filho de Atílio
(Antônio Fagundes), seu amante do passado e eterno amor (no fim da novela, ela
quebra a cara, porque, na verdade, Leonardo é que é filho de Atílio).
Justamente por causa de Atílio, Branquinha destilava seu veneno também pra cima
da sogra de seu filho, a Helena, já que os dois se conheceram em uma viagem e
começaram a namorar.
Calma, Pilar, não fique assim. Estamos falando de sua prima Branca, não de você!
Outros
que foram vítimas das armações de Branca foram Milena e Nando. A malvada não
aceitava o fato de a filha namorar um rapaz pobre e, por isso, resolveu
separá-los, colocando drogas na mochila de Nando, que foi preso injustamente.
Mas nada impediu que os dois ficassem juntos e protagonizassem cenas quentes ao
som da música Palpite, de Vanessa Rangel, (tô com saudade de você debaixo do meu cobertor...), que
até hoje faz sucesso nas rodinhas de violão.
Branca
era uma dondoca fútil e fazia de tudo para sair bem na fita diante de suas
amigas ricas. Como toda boa vilã, ela tinha uma marca registrada: não vivia sem
o seu Martini. Branca falava tanto na bebida que ela virou moda entre o
público. No final da novela, a vilã acaba solitária, mas sem perder a pose e só
restou a ela a companhia da empregada, a quem ela sempre humilhou.
Branca foi um grande personagem, principalmente, por causa do talento da nossa querida Susaninha, que foi muito bem na novela.
Susana ficou feliz com nossos elogios!
Bom,
mas voltando à história de mãe e filha, Eduarda engravida de Marcelo, e Helena,
de Atílio no mesmo período e resolvem ter os filhos no mesmo dia e local. No
dia do parto, tudo vai bem com Helena, que tem seu filho sem sofrer nenhuma
complicação, mas Eduarda, que já tinha perdido um bebê antes, tem um parto
muito complicado e acaba ficando estéril. Mas o pior ainda estava por vir: Helena
acorda de madrugada e encontra o médico, César (Marcelo Serrado), desesperado,
ao perceber que o bebê de Eduarda estava morto. Helena fica transtornada com a
situação e, pondo a felicidade da filha em primeiro lugar, tenta convencer o
médico a trocar as pulseirinhas dos bebês para parecer que foi o seu filho que
morreu. César, é claro, se assusta com a proposta, mas, como sempre foi
apaixonado por Eduarda e deve muito à família de Helena por ter ajudado seus
pais no passado, ele acaba realizando a troca.
Essa
cena é uma das melhores cenas já feitas na TV brasileira. A interpretação de Regina
Duarte é algo fora do comum, o texto de Maneco é muito sentimental, mas
consegue passar a dramaticidade necessária para a cena sem ser brega, e a
direção também foi espetacular.
Vale muito a pena ver esse vídeo, mesmo sendo grande:
Ao
fazer isso, Helena não pensou nas consequências e acabou sofrendo com elas.
Depois da morte do bebê, seu casamento com Atílio nunca mais foi o mesmo, e
César, o médico que fez a troca, passou a viver depressivo. Helena escreveu
sobre tudo o que aconteceu em um diário, e Atílio passou a desconfiar dos
segredos da mulher e resolveu se separar.
Um
dia, o diário de Helena foi parar nas mãos de Eduarda, que leu tudo que estava
escrito e descobriu a verdade sobre a troca dos bebês, ficando indignada com a atitude da mãe. Helena resolveu contar
tudo para Atílio, que também ficou transtornado.
Com o passar do
tempo, e os ânimos acalmados, Atílio, Eduarda e Marcelo conseguiram levar a
situação de uma forma melhor e perdoaram Helena. A última cena da novela é
linda com os quatro caminhando juntos com a criança.
Eu
não consegui resistir e tive que fazer esse post comemorativo para relembrar
essa novela linda que assisti quando passou no Viva, em 2010. Sem dúvidas, Por Amor é
uma das melhores novelas brasileiras e não se fazem mais novelas assim hoje em
dia.
Por isso, sempre que pode Susaninha homenageia essa obra-prima de Maneco:
Bambuluá basta sonhar que rapidinho você chega lá...
Último
programa infantil apresentado por Angélica na Globo, entre 2000 e 2001,
Bambuluá era uma atração que reunia séries, quadros, desenhos e uma novelinha.
O programa
todo se passava em Bambuluá, a cidade dos sonhos. Angélica, interpretando ela
mesma, era uma heroína que tinha seu destino traçado para ajudar os cavalheiros
do futuro (grupo formado por sete crianças, cada qual representada por uma cor
do arco-íris) a combater os moradores Magush, a cidade das sombras.
No meio de
tanta aventura, a cidadezinha de Bambuluá tinha uma emissora de tv, a TV
Globinho (sim, esse foi início do único programa infantil que ainda existe na
Globo), onde eram transmitidos séries e desenhos, apresentados por Angélica. O
legal dessa fase da TV Globinho é que as atrações exibidas não eram programas
comprados do exterior, mas sim produtos brasileiros, como a Turma da Mônica e o
Sítio do Pica-pau Amarelo.
O programa
ocupava praticamente todo o período da manhã, de segunda a sexta. Coisa que
não acontece mais hoje com a falida TV Globinho, que capenga nos sábados de manhã
com desenhos rererereprisados e parece estar com os dias contados.
Bambuluá
acabou em dezembro de 2001, quando Angélica passou a apresentar o saudoso Vídeo
Game, dentro do Vídeo Show, e a TV Globinho passou a ser um programa independente.
Falando em Vídeo Game, ele me traz boas lembranças:
Hoje é dia das crianças e, como muitos adultos de hoje passaram a
infância na frente da telinha assistindo às mil e uma temporadas de Malhação, o Controle preparou um TOP 5 especial:
5º LUGAR: Juliana Silveira
Juliana Silvieira em Malhação (2002)
Ao contrário do que muitos pensam, Juliana não começou a carreira em
Malhação. Seu primeiro trabalho foi como Angelicat (tipo paquita, mas só que no
programa da Angélica), ficando no posto de 1993 até 1997, acompanhando a
apresentadora em todas as suas mudanças de emissora.
Como atriz, sua estreia foi em 1998 no remake de Pecado Capital (flopada adaptação de um sucesso de
Janete Clair por Glória Perez), acreditem, no papel de uma prostituta. Ela
também teve passagens em episódios do Você Decide e em novelas e minisséries
com papeis pequenos.
Porém, a atriz despontou mesmo em 2002, quando entrou para
Malhação no papel da protagonista da temporada, Júlia Miranda. Ao contrário das
outras protagonistas, Júlia era determinada e teve até um momento sexy sem ser
vulgar quando resolveu mudar de visual para dar a volta por cima e esquecer que o seu ex a trocou pela melhor amiga. A personagem também sabia dar uns bons tapas quando era preciso.
O sucesso na Malhação foi
tão grande que ela logo em seguida foi chamada pela Band para fazer teste para
o papel de Floribella. Não deu outra, e a atriz foi escolhida e tornou-se muito
querida pelas crianças da década de 2000 e fez de Floribella um dos maiores
sucessos da Band.
Bons tempos em que a Band também tinha novelas!
Em 2007, houve boatos de uma possível volta da atriz à Globo,
mas ela não chegou a um acordo com a emissora. Então, o destino da atriz foi a
Record, onde está até hoje e vive o maior desafio de sua carreira: a neonazista
Priscila, de Vitória (sim, essa novela existe!), uma personagem chocante, totalmente o oposto da doce Floribella da
década passada.
Juliana como Priscila, de Vitória (2004)
Por toda a sua versatilidade, Juliana Silveira merece nosso 5º
lugar.
4º LUGAR: Fernanda Vasconcellos
Fernanda em Malhação (2005)
Fernanda começou beeeeem
desacreditada na temporada 2005 de Malhação como a mocinha Betina, que foi
traída pelo namorado, Bernado (Tiago Rodrigues) e pela melhor amiga, Jaqueline
(Joana Balaguer). Para piorar a situação, a audiência da novelinha caiu muito
em relação à temporada anterior, e a atuação de Fernanda era bastante criticada.
(É incrível quantos atores já passaram por Malhação, e ninguém nem sabe o paradeiro da maioria deles).
No entanto, a atriz mostrou ser uma brasileira de primeira, que não
desiste nunca, e insistiu na carreira de TV. Não demorou muito para que Fernanda fosse selecionada para fazer a fantasminha protagonista de Páginas da Vida
(2006), de Manoel Carlos, e foi aí que ela começou a mostrar que tem um grande
potencial, é tanto que até hoje ela só é escalada para papéis de protagonista:
teve a Laura, da esquecida novela Desejo Proibido (2007), a Nelinha, da fracassada
Tempos Modernos (2010), a Ana - o seu papel mais dramático - da
elogiadíssima A Vida da Gente (2011) e a Malu - papel no qual Fernanda estava
mais à vontade - da maravilhosa Sangue Bom (2013).
Fernanda em Sangue Bom (2013)
3º LUGAR: Nathalia Dill
Nathalia em Malhação (2007)
A atriz foi a antagonista da temporada 2007 de Malhação, o inverso da personagem de Sophie Charlotte, a mocinha chata da temporada. Nathalia foi tão bem no papel que ofuscou a protagonista, por isso, logo após o fim da temporada, foi chamada para ser a protagonista Maria Rita, a Santinha, de Paraíso (2009).
O sucesso foi tão grande que a atriz praticamente emendou uma protagonista atrás da outra em novelas das seis, vivendo a Viviane/Vitória de Escrito nas Estrelas (2010).
Emendando de novo uma novela na outra, Nathalia foi a determinada Doralice de Cordel Encantado (2011), que chegou até a se vestir de homem para poder ficar mais próxima do seu amor, o cangaceiro Jesuíno (Cauã Reymond). Por conta de tantos trabalhos emendados assim no horário das seis, acho que Nathalia merece o título de rainha do horário.
Em 2012, a atriz recebeu uma folga do horário das seis e fez sua estreia no horário nobre como a apagada Débora, de Avenida Brasil.
Em 2013, para variar só um pouquinho, ela volta à faixa das seis com sua primeira vilã, a Silvia, de Joia Rara.
Agora, no final de 2014, ela vai encarar sua primeira protagonista fora do horário das seis na novela Alto Astral, substituta de Geração Brasil. Confesso que quero que essa novela comece logo, não só para ver Nathalia brilhando como protagonista outra vez, mas, principalmente, para me livrar das chatices de Jonas Marra e cia.
Nathalia Dill nas gravações de Alto Astral (2014)
2º LUGAR: Sophie Charlotte
Sophie em Malhação (2007)
Ela também começou com uma atuação bem sofrida na temporada 2007 de
malhação, como a mocinha pobre Angelina, que, numa história super clichê, se
apaixonava por uma rapaz rico. Nessa temporada, ela foi ofuscada pela
maravilhosa atuação de Nathalia Dill, a vilã.
(Que saudades de quando Malhação era assim!)
Depois de um tempo afastada, ela
voltou com um papel pequeno em Caras e Bocas (2009) e foi crescendo ao longo da
novela. Em 2010, ela surpreendeu como a invejosa Stefany, de Tititi, ganhando
mais destaque ao longo da trama.
Em 2011, Sophie ganhou um papel maior em uma
novela das nove, Fina Estampa, mas sua atuação foi meio morninha.
Em 2013, ela
ganhou um presente dos autores de Tititi: sua primeira protagonista, a dúbia
Amora Campana, de Sangue Bom. Nesse papel, a atriz se soltou e ganhou as graças
do público.
Mas, sem dúvida, seu melhor papel veio esse ano com a Duda, de O
Rebu. Sophie foi o grande destaque da novela e mostrou estar madura na
carreira. O sucesso foi tão grande que ela já está escalada para viver uma
prostituta na próxima das nove.
Sophie em O Rebu (2014)
1º LUGAR: Marjorie Estiano
Antes de começar a ler o texto, aperte o play, você não vai se arrepender.
Ao contrário do que todo mundo pensa, não foi em Malhação que Marjorie apareceu pela primeira vez na TV. Ela participou do reality Popstars (2002), no SBT. Sim, isso mesmo, aquele programa que revelou o grupo Rouge, ou seja, por pouco, não vimos Marjorie possuída pelo ritmo ragatanga. Que bom que isso não aconteceu, não é mesmo?
Marjorie em Malhação (2004)
Em Malhação, Marjorie brilhou como a vilã da temporada 2004, a inesquecível Natasha da
Vagabanda (não tem como não lembrar dessa temporada e não sair cantando a
ooooonda que me arraaaaaaasssstaaaaa....), ofuscando a protagonista Letícia, carinhosamente apelidada (só que não) de miss gari, vivida por Juliana Didone.
Natasha era uma vilã daquelas pra ninguém
botar defeito, algo que anda faltando nas temporadas atuais de Malhação. Só a
título de curiosidade, a Malhação da vagabanda foi a de maior audiência, mas
também não era pra menos.
Voltando à nossa primeira colocada, depois de várias
temporadas, ela saiu da novelinha teen e foi parar no horário nobre, como a
Marina, Páginas da Vida (2006), um papel pequeno no começo da trama, mas que
ganhou destaque ao longo da novela, quando a personagem passou a lutar pela
cura do pai alcoólatra. Marjorie, mais uma vez, fez muito bem o papel.
Em 2007,
depois da recusa de Carolina Dieckman e Mariana Ximenes, ela ganhou sua
primeira protagonista: a sofrida Maria Paula, de Duas Caras. Como sempre
acontece com atrizes principiantes que assumem papel de protagonista em uma
novela das nove, Marjorie foi muito criticada no início da novela, e seu papel
foi perdendo destaque, mas a atriz não se abalou, e a personagem terminou a
novela querida pelo público.
Em 2009, Marjorie viveu a nerd Tônia, de Caminho
das Índias, e foi muito elogiada pela parceria com Bruno Gagliaso, que fazia
Tarso, um esquizofrênico.
Em 2011, a atriz voltou ao posto de protagonista como a Manuela, de A Vida da Gente. Ela foi muito feliz na novela e conquistou o
público com uma personagem doce e meiga, mas que sabia ser forte quando
necessário. Nessa novela, chamou atenção também a ótima parceria de Marjorie
com Fernanda Vasconcellos, as duas compartilharam muito bem o posto de
protagonista, dividindo as atenções do público.
Em 2012, mais uma protagonista,
a Laura, de Lado a Lado, uma mulher além de seu tempo. A novela marcou outra
grande parceria de Marjorie, dessa vez, com Camila Pitanga.
Em 2014, ela,
talvez, tenha recebido o melhor presente de sua carreira: a oportunidade de
interpretar a Cora na primeira fase de Império. A atriz deu o tom certo de
rancor à personagem, chamando a atenção do público e gerando muitos elogios
nas redes sociais. Atualmente, já na fase permanente da novela, a Cora de
Marjorie ainda é lembrada com carinho pelo público.
Com todo esse sucesso,
o futuro da atriz promete na emissora: há quem diga que ela vai ser a
protagonista da nova novela de João Emanuel Carneiro (o mesmo da inesquecível
Avenida Brasil), que estreia no segundo semestre do ano que vem, mas, em
contrapartida, Aguinaldo Silva, autor de império, chamou Marjorie para ser a
protagonista de Doutora Priscila, a nova série dele, que ainda não
tem previsão de estreia.
Boa audiência do jornal de César Filho faz Globo alterar sua programação
A
direção da Globo ficou apavorada com os bons índices de audiência que o
Notícias da Manhã, apresentado por César Filho no SBT, atinge logo no começo do
dia. Por isso, novas medidas foram tomadas, e a Globo resolveu
bater de frente com o jornalístico do SBT e lançar um jornal novo. Isso quer
dizer que o Globo Rural não dá mais no caldo e vai deixar a programação da
emissora.
Monalisa Perrone
O
novo jornal vai ser o mais informal já apresentado na emissora. A ideia é
chamar o público de volta por meio de um jornal simples e ágil. Parece que
caberá à Monalisa Perrone a missão de ser âncora desse novo projeto, mas a
Globo ainda não confirma a participação da apresentadora. Se, por um lado é bom
ver a Globo investindo em novidades e tirando da programação produtos antigos
que já não funcionam mais, por outro, o Globo Rural tem sim sua importância,
pois é um dos poucos programas do gênero que ainda restava na TV aberta.
Bom, lendo
assim por cima, tenho certeza que você nem sabe quem é Adalberto, né?
Adalberto é o nome verdadeiro de Xana Summer, personagem de
Ailton Graça em Império.
Nos próximos
capítulos, Xana vai fazer uma revelação, e o público vai descobrir que, na
verdade, o cabeleireiro mais querido de Santa Teresa é apenas um homem que
gosta de se vestir de mulher.
Isso mesmo! Para Xana, quer dizer, Adalberto,
usar roupas femininas é só um estilo de vida, que não altera sua opção sexual.
Mas não para
por aí, Adalberto também confessará sua atração por Naná (Viviane Araújo), sua
companheira de salão, com quem dorme na mesma cama todos os dias, e rolam boatos de que os dois chegarão a se casar.
Na verdade,
essa revelação não é tão inesperada, já que, desde o primeiro capítulo, as
cenas entre os dois deixavam no ar que algo a mais poderia acontecer, e Aguinaldo
Silva não iria criar um personagem sem graça para Viviane Araújo.