segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A TV brasileira está mais feliz: Babilônia acabou!!!!!!!!!!!




Eu sei que esse post tá meio atrasado e que Babilônia foi tão ruinzinha que até passaria sem um post de final de capítulo, mas, como temos que cumprir com as tradições, vamos lá escrever essa matéria sofrida.

Bom, Babilônia começou cercada de expectativas com chamadas mega impactantes (por isso, é bom ter cuidado com A Regra do Jogo também, viu pessoal que tá nas redes sociais já falando que a novela vai ser maravilhosa!?) e teve um primeiro capítulo bom, cheio de acontecimentos, prometendo um grande embate entre duas vilãs, Beatriz (Glória Pires) e Inês (Adriana Esteves).

Também, naõ tô disposto, Beatriz, mas fazer o quê, né?

E, pra mim, foi justamente esse embate o ponto fraco da trama, o que fez o público mudar de canal (olha Carrossel aê, gente!) e dar à novela o título de menor audiência do horário das nove. No começo, muita gente falava que a culpa do mau desempenho de Babilônia era do casal lésbico formado por duas atrizes mais velhas (Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg)  e dos temas polêmicos, como a prostituição (se fosse só por isso Verdades Secretas não seria o sucesso que é). Esses temas foram abordados de uma forma um pouco exagerada e rápida (sem um tempo prévio para que o público compreendesse a história e torcesse pelos personagens) pelos autores e, pra completar, a novela, no começo, não tinha um bom alívio cômico, ou um respiro de leveza entre as abordagens pesadas.

TUM TUM

Na verdade, houve uma falta de jeito dos autores (Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga) na hora de desenvolver sua trama no geral. Mas o núcleo principal era o pior, o tal embate entre as vilãs não foi muito bem justificado, o que fez com que o público não comprasse a história e não tivesse por quem torcer. No meio de Beatriz e Inês, estava a boazinha Regina (Camila Pitanga), que também não mostrou a que veio, sendo mais uma estereotipação da mulher trabalhadora que mora em uma favela. No decorrer da trama, as brigas entre as protagonistas mais pareciam episódios de Tom e Jerry, ou seja, tudo muito repetitivo, chato e sem motivo. Pode parar pra pensar, não tinha uma semana em que uma das três não ia para cadeia por conta de uma armação.

Além disso, as tramas paralelas eram sem graça e não tinham força suficiente para sustentar a novela. O único destaque ficou por conta da família Pimenta, sendo uma ótima crítica à situação política do País e ao fanatismo religioso ainda existente.

Babilônia foi prejudicada pela própria globo também. Sedentos por audiência, os diretores da emissora forçaram os autores a mudarem sua trama a todo custo, o que fez a novela ficar ainda mais sem sentido e parecendo uma colcha de retalhos. Por outro lado, Babilônia será lembrada com louvor por ter tratado de temas importantes e polêmicos e tentar, na medida do possível, burlar as críticas e "censuras" dos telespectadores mais conservadores.



Apesar da trama morna e repetitiva, alguns atores conseguiram se destacar: Glória Pires e Adriana Esteves defenderam como puderam suas personagens mal formuladas pelos autores, Sophie Charlotte (Alice), Bruno Gagliasso (Murilo) e Marcello Melo Júnior (Ivan) vêm, a cada novo trabalho, mostrando mais maturidade, Chay Suede (Rafael) e Luísa Arraes (Laís) formaram o único casal convincente da novela, Nathalia Timberg (Estela), Sheron Menezes (Paula), Cássio Gabus Mendes (Evandro), Juliana Alves (Valeska), Thiago Martins (Diogo), Bruno Gissoni (Guto) e Tainá Müller (Cris) também tiveram bons momentos.  Marcos Palmeira (Aderbal), Arlete Salles (Consuelo) e Fernanda Montenegro (Teresa), sem dúvida, foram os maiores destaques, e Igor Angelkorte (Bóris), Marcos Veras (Noberto) e Laila Garin (Maria José) foram as grandes revelações do elenco.

O desfecho da novela, como poderia se esperar, não foi lá essas coisas. Os autores perderam a chance de se desculparem um pouquinho com o público. O final foi morno e com algumas situações incoerentes. Gostei do desfecho das duas vilãs caindo ribanceira abaixo, apesar de o enfrentamento final delas ter ficado um pouco forçado, já a resolução do “quem matou Murilo?” foi decepcionante, já que o assassino foi um personagem que não chamou a atenção do público ao longo da novela e desculpa encontrada para explicar como descobriram que era ele pareceu bastante infantil e forçada (parecia final de episódio do Scooby-Doo).




Bom, devido a todos os problemas, Babilônia teve sua duração reduzida (a princípio, era pra terminar só no final de setembro) e, agora, podemos respirar aliviados porque A Regra do Jogo vem aí... OU NÃO, NÉ? Afinal, Babilônia também teve chamadas impactantes e seu autor principal Gilberto Braga também já escreveu grandes sucessos, como Dancin'Days, Vale Tudo e Celebridade. Ou seja, é melhor esperar a novela estrear antes de tomar conclusões precipitadas.

Camila Pitangão, a rainha do Twitter, feliz da vida com o fim da novela!

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

No Encontro, temos a Fátima Bernardes que todo mundo quer ver





Lembro como se fosse ontem: era dezembro de 2011 e não se falava em outra coisa que não fosse a decisão de Fátima Bernardes de sair da concorridíssima e tradicionalíssima bancada do Jornal Nacional para apresentar um programa de entretenimento.

Muita gente me chamou de louca, mas e eu ligo sem crédito!

Muito se falou sobre isso (foram várias especulações sobre o programa, tinha gente que dizia que seria à tarde, gente que dizia que seria semanal e à noite...), e Fatinha, coitada, foi muito criticada quando o tal programa estreou.


Venhamos e convenhamos, quando recém-nascido o Encontro dava muito sono a quem assistia, e a Fátima ainda estava insegura e travada, meio que com medo de se soltar, o que é completamente aceitável, já que ela passou tanto tempo presa atrás de uma bancada de telejornal.


Passados três anos de sua estreia, o Encontro passou por reformulações, mas manteve sua essência e vem se consolidando como o programa mais assistido das manhãs brasileiras. Isso comprova que todo programa precisa de um tempinho para entrar nos eixos (viu, Xuxa e pessoal do É de Casa, não precisam se estressar, vocês também vão encontrar o caminho certo) e que seu sucesso depende, principalmente, da entrega da apresentadora.

Com entrega, eu quero dizer a capacidade de se jogar nas maiores loucuras e de não ter medo de pagar mico. Fatinha provou que é capaz de tudo por seu programa: ela já fez pole dance, dublou músicas em inglês, dançou vários ritmos, se jogou no karaokê, fez atividades circenses, andou de skate, competiu em uma corrida de obstáculos usando salto alto e por aí vai. Definitivamente, aquela Fátima certinha do tempo de JN já não existe mais.


É legal falar também que o programa em si é muito bom. O Encontro parte de uma ideia simples aquele bate-papo sobre temas do cotidiano, onde um assunto vai puxando o outro. O elenco do matinal também é muito bom, Marcos Veras, Lair Rennó, Felipe Andreoli e os outros colaboradores de Fátima são ótimos e estão na mesma sintonia que ela. 

Bom, mas, é claro, que erros sempre vão existir. Às vezes, parece que a produção do programa não se preocupa em chamar convidados famosos que, de fato, acrescentem algo aos assuntos debatidos.  Um dia, por exemplo, os convidados eram alguns atores jovens de Malhação, e o tema era dívidas e empréstimos, ou seja, nada a ver uma coisa com a outra.


Já, ontem, o programa foi maravilhoso, os convidados estavam em perfeita sintonia  - um dos temas era paternidade, e Henry Castelli, um dos convidados, é conhecido por ser bem próximo de seus filhos -, e Fátima conduziu o programa muito bem como sempre.

Bom, espero que Fatinha continue nos alegrando e trazendo entretenimento de qualidade em nossas manhãs por muito tempo.

É muito amor pra uma foto só!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

SBT completa 34 anos como a TV mais família do Brasil



Hoje, temos um aniversariante muuuuuuuuuuito especial: é a TV que já se  autodenominou como a mais feliz do Brasil. Adivinha quem é?


É claro que é o SBT. Essa denominação não poderia ser mais propícia, pois é realmente essa a impressão que a emissora passa. Na verdade, quem é telespectador e admirador da TV de Silvio Santos sabe que ela é um negócio de família. E isso é transmitido para os profissionais e produtos da emissora e gera no telespectador um aconchego que nenhuma outra emissora passa.



Como é bom ver Silvio conversando com suas filhas, né? E as novelas fofinhas do canal, que são escritas pela própria mulher dele e conseguem índices maravilhosos no ibope? E do Silvio não preciso nem falar nada, né? Esse homem é um fenômeno da natureza.



Bom, o SBT têm muitas qualidades, como essa sensibilidade que só ele tem e também o fato de ser a única entre as grandes emissoras abertas brasileiras que investem em programação infantil. Mas, é claro, que também existem defeitos, como a grade voadora do canal, que ainda existe apesar de não ser mais tão comum e o excesso de enlatados em detrimento das produções próprias.



Por fim, desejo muitos e muitos anos para essa emissora tão querida!

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Na Record, Xuxa solta a franga, mas seu programa ainda merece ajustes




 Ontem, finalmente, ocorreu a tão esperada estreia de Xuxa na Record. 

O grande destaque do programa, é claro, foi Xuxa, que surpreendeu com sua irreverência e bom humor. Já no primeiro minuto, a loira arrancou risadas com uma encenação meio brega de como foi sua contratação pela Record e, no palco, estava toda serelepe pulando pelo seu LINDO cenário, cumprimentando os seus convidados e passeando pela plateia.






O ponto forte dessa estreia, sem dúvida, foi a capacidade de Xuxa e de sua produção de tirarem sarro de si mesmos. Teve o hilário pedido de desculpas à Cláudia (sim, aquela do “anham, Cláudia, senta lá”!), que, na verdade, se chama ÉRICA e teve também a resposta da Xuxa sobre as acusações de que ela estaria imitando Ellen Degeneres, Xu foi sincera e disse que estava se inspirando mesmo na apresentadora dos states e até fez uma brincadeirinha para a plateia adivinhar se era ela ou Ellen que estava com o rosto tampado em fotos. Outro ponto forte foi a homenagem feita à saudosa Hebe Camargo, que ocupou o atual horário de Xuxa por muito tempo e a Silvio Santos, com direito até a confirmação da participação da loira no Teleton deste ano.




Se o grande acerto da produção foi deixar Xuxa à vontade, o maior erro foi na seleção do conteúdo do programa. Na verdade, quase nada foi mostrado, o que se viu foi muita falação e pouca produção de matérias e quadros. Essa estreia serviu mesmo só como um aperitivo: Xuxa falou de tudo que o programa promete, mas mostrou quase nada.

O tempo do programa também foi mal aproveitado. Xuxa ficou muito tempo conversando coisas desnecessárias com os atores de Os Dez Mandamentos, a única parte legal foi a montagem que fizeram de Xuxa vestida de egípcia interagindo com uma cena da novela.  O erro dessa entrevista não foi de Xuxa, nem dos entrevistados, acho que teria funcionado melhor se fosse apenas um ator da novela, e não quatro, e que tivessem investido mais em brincadeiras com eles e mostrado menos cenas da novela. Depois disso, o pessoal da novela continuou lá com cara de paisagem, enquanto Xu mostrava suas visitas a fãs, o que foi bem legal, mas, depois da matéria, o programa continuou falando sobre os fãs da apresentadora, o que foi um pouco chato e fez com que não sobrasse muito tempo para a atração musical, Alexandre Pires.

Também não faltaram indiretas bem diretas à antiga emissora de Xuxa. A rainha dos baixinhos falou que seus amigos globais foram proibidos de deseja-la boa sorte publicamente e, segundo ela, dois artistas do pilimplim estavam lá na plateia do seu programa, com um saco na cabeça para não correrem o risco de perderem o emprego.



Bom, a estreia de Xuxa foi mais uma introduçãozinha, uma prévia do que vem por aí, então, não tem nem muito do que falar. Espero que os erros dessa primeira edição sejam ajustados, pois o programa tem potencial para dar certo. Ah, e senti falta também da interação simultânea com as redes sociais, o que foi anunciado como uma das promessas do programa.

Quanto à audiência, Xuxa teve dificuldade para atingir índices maiores devido ao ótimo desempenho de Verdades Secretas, mas conseguiu vencer o SBT com folga, o que não acontecia nas segundas-feiras da Record há muito tempo.


Malhação - Seu Lugar No Mundo tem estreia marcada por falta de tompero



A estreia de ontem da Globo foi a nova temporada de Malhação, intitulada de Seu Lugar No Mundo, escrita por Emanuel Jacobina, que foi um dos criadores do seriado em 1995.

O que o primeiro olhar sobre o programa causou foi a sensação de que a equipe está com um grande empenho em mudar a cara do seriado. Isso pode ser percebido até mesmo pelo título: as três últimas temporadas também tiveram subtítulos, mas, em nenhuma delas, foi dado mais destaque a eles, é tanto que muita gente nem sabe da existência deles (quem aí chama a temporada chata da Anita de Casa Cheia? Quase ninguém, né?). Diferente do que acontece com a nova temporada, o nome Seu Lugar No Mundo ocupa um espaço enorme no logotipo, enquanto o título malhação aparece bem pequenininho.



Além disso, percebe-se que houve um cuidado maior com a fotografia das cenas, que, por sinal, está linda, de encher os olhos. Maaaaaas, toda essa “gourmetização” causa estranhamento no público fiel do seriado, afinal, apesar do subtítulo, ainda é Malhação, não é mesmo?

O grande ponto forte da estreia, para mim, foi a trilha sonora, que está, simplesmente, maravilhosa, um capricho só.  A abertura, por sua vez, também está legal, apesar de eu preferir quando usam o próprio elenco nas cenas do clipe.

Já, quanto à história, pode-se falar que ela foi bem elaborada por Jacobina, juntando alguns clichês com elementos da nova realidade dos jovens e apostando, pela primeira vez, em mostrar escolas públicas. Mas, pelo o que parece, o autor optou por apresentar essa história aos poucos, o que deixou o primeiro capítulo um pouco confuso e devagar, morno, sem “tompero”, como diria o Jacquin, nosso querido jurado do "Mastôchef".


Apesar do acidente apresentado no começo e no final do capítulo (já que foi usado o recurso do flashback, que tá bem na moda nos primeiros capítulos de novela), não houve cenas impactantes no meio disso, que fizesse com que o público sofresse mais com o acontecimento.

Quanto ao elenco, não deu para analisar muito, até mesmo por conta desse tom um pouco letárgico das cenas, mas, para mim, os maiores destaques foram: João Vithor Oliveira, o qual acompanhamos desde criancinha - quem não se lembra do Joca, de Floribella? - e parece estar mais maduro como ator na pele do rebelde João, Pâmela Tomé e Brenno Leone também deram a impressão de que prometem grandes cenas na pele dos vilões Alina e Roger, Vitor Novelo também está bem na pele do mesquinho Luan, e Lucas Lucco fez uma atuação correta como o abestalhado Uodson, indo contra os comentários negativos que fizeram antes de a novela estrear. Do elenco adulto, Vanessa Gerbeli (Ana), Marcelo Airoldi (Miguel), Letícia Birkheuer (Monique) e Solange Couto (Vanda) chamaram mais atenção.

Os vilões da temporada.


Bom, esse foi só o primeiro capítulo, e julgar novela pelo primeiro capítulo é tão errado quanto julgar o livro pela capa, e essa nova temporada vem sofrendo um preconceito por ser a substituta da temporada Sonhos, que foi muito querida pelo público.

Então, só nos resta aguardar os próximos capítulos e torcer para que o autor consiga desenvolver bem seus personagens, que, pelo o que foi mostrado, parecem ter histórias e personalidades bem legais de se acompanhar. Basta colocar mais um "tomperinho" nesse negócio.