A estreia de ontem da Globo foi a nova temporada de
Malhação, intitulada de Seu Lugar No Mundo, escrita por Emanuel Jacobina, que
foi um dos criadores do seriado em 1995.
O que o primeiro olhar sobre o programa causou foi a
sensação de que a equipe está com um grande empenho em mudar a cara do seriado. Isso pode ser percebido até mesmo pelo
título: as três últimas temporadas também tiveram subtítulos, mas, em nenhuma
delas, foi dado mais destaque a eles, é tanto que muita gente nem sabe da
existência deles (quem aí chama a temporada chata da Anita de Casa Cheia? Quase
ninguém, né?). Diferente do que acontece com a nova temporada, o nome Seu
Lugar No Mundo ocupa um espaço enorme no logotipo, enquanto o título malhação
aparece bem pequenininho.
Além disso, percebe-se que houve um cuidado maior com a fotografia
das cenas, que, por sinal, está linda, de encher os olhos. Maaaaaas, toda essa “gourmetização”
causa estranhamento no público fiel do seriado, afinal, apesar do subtítulo,
ainda é Malhação, não é mesmo?
O grande ponto forte da estreia, para mim, foi a trilha
sonora, que está, simplesmente, maravilhosa, um capricho só. A abertura, por sua vez, também está legal,
apesar de eu preferir quando usam o próprio elenco nas cenas do clipe.
Já, quanto à história, pode-se falar que ela foi bem elaborada
por Jacobina, juntando alguns clichês com elementos da nova realidade dos
jovens e apostando, pela primeira vez, em mostrar escolas públicas. Mas, pelo o
que parece, o autor optou por apresentar essa história aos poucos, o que deixou
o primeiro capítulo um pouco confuso e devagar, morno, sem “tompero”, como
diria o Jacquin, nosso querido jurado do "Mastôchef".
Apesar do acidente apresentado no começo e no final do
capítulo (já que foi usado o recurso do flashback, que tá bem na moda nos
primeiros capítulos de novela), não houve cenas impactantes no meio disso, que
fizesse com que o público sofresse mais com o acontecimento.
Quanto ao elenco, não deu para analisar muito, até mesmo por
conta desse tom um pouco letárgico das cenas, mas, para mim, os maiores destaques foram: João
Vithor Oliveira, o qual acompanhamos desde criancinha - quem não se lembra do
Joca, de Floribella? - e parece estar mais maduro como ator na pele do rebelde
João, Pâmela Tomé e Brenno Leone também deram a impressão de que prometem grandes
cenas na pele dos vilões Alina e Roger, Vitor Novelo também está bem na pele do
mesquinho Luan, e Lucas Lucco fez uma atuação correta como o abestalhado Uodson,
indo contra os comentários negativos que fizeram antes de a novela estrear. Do
elenco adulto, Vanessa Gerbeli (Ana), Marcelo Airoldi (Miguel), Letícia
Birkheuer (Monique) e Solange Couto (Vanda) chamaram mais atenção.
Os vilões da temporada. |
Bom, esse foi só o primeiro capítulo, e julgar novela pelo
primeiro capítulo é tão errado quanto julgar o livro pela capa, e essa nova
temporada vem sofrendo um preconceito por ser a substituta da temporada Sonhos,
que foi muito querida pelo público.
Então, só nos resta aguardar os próximos capítulos e torcer
para que o autor consiga desenvolver bem seus personagens, que, pelo o que foi
mostrado, parecem ter histórias e personalidades bem legais de se acompanhar. Basta colocar mais um "tomperinho" nesse negócio.
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