terça-feira, 18 de agosto de 2015

Malhação - Seu Lugar No Mundo tem estreia marcada por falta de tompero



A estreia de ontem da Globo foi a nova temporada de Malhação, intitulada de Seu Lugar No Mundo, escrita por Emanuel Jacobina, que foi um dos criadores do seriado em 1995.

O que o primeiro olhar sobre o programa causou foi a sensação de que a equipe está com um grande empenho em mudar a cara do seriado. Isso pode ser percebido até mesmo pelo título: as três últimas temporadas também tiveram subtítulos, mas, em nenhuma delas, foi dado mais destaque a eles, é tanto que muita gente nem sabe da existência deles (quem aí chama a temporada chata da Anita de Casa Cheia? Quase ninguém, né?). Diferente do que acontece com a nova temporada, o nome Seu Lugar No Mundo ocupa um espaço enorme no logotipo, enquanto o título malhação aparece bem pequenininho.



Além disso, percebe-se que houve um cuidado maior com a fotografia das cenas, que, por sinal, está linda, de encher os olhos. Maaaaaas, toda essa “gourmetização” causa estranhamento no público fiel do seriado, afinal, apesar do subtítulo, ainda é Malhação, não é mesmo?

O grande ponto forte da estreia, para mim, foi a trilha sonora, que está, simplesmente, maravilhosa, um capricho só.  A abertura, por sua vez, também está legal, apesar de eu preferir quando usam o próprio elenco nas cenas do clipe.

Já, quanto à história, pode-se falar que ela foi bem elaborada por Jacobina, juntando alguns clichês com elementos da nova realidade dos jovens e apostando, pela primeira vez, em mostrar escolas públicas. Mas, pelo o que parece, o autor optou por apresentar essa história aos poucos, o que deixou o primeiro capítulo um pouco confuso e devagar, morno, sem “tompero”, como diria o Jacquin, nosso querido jurado do "Mastôchef".


Apesar do acidente apresentado no começo e no final do capítulo (já que foi usado o recurso do flashback, que tá bem na moda nos primeiros capítulos de novela), não houve cenas impactantes no meio disso, que fizesse com que o público sofresse mais com o acontecimento.

Quanto ao elenco, não deu para analisar muito, até mesmo por conta desse tom um pouco letárgico das cenas, mas, para mim, os maiores destaques foram: João Vithor Oliveira, o qual acompanhamos desde criancinha - quem não se lembra do Joca, de Floribella? - e parece estar mais maduro como ator na pele do rebelde João, Pâmela Tomé e Brenno Leone também deram a impressão de que prometem grandes cenas na pele dos vilões Alina e Roger, Vitor Novelo também está bem na pele do mesquinho Luan, e Lucas Lucco fez uma atuação correta como o abestalhado Uodson, indo contra os comentários negativos que fizeram antes de a novela estrear. Do elenco adulto, Vanessa Gerbeli (Ana), Marcelo Airoldi (Miguel), Letícia Birkheuer (Monique) e Solange Couto (Vanda) chamaram mais atenção.

Os vilões da temporada.


Bom, esse foi só o primeiro capítulo, e julgar novela pelo primeiro capítulo é tão errado quanto julgar o livro pela capa, e essa nova temporada vem sofrendo um preconceito por ser a substituta da temporada Sonhos, que foi muito querida pelo público.

Então, só nos resta aguardar os próximos capítulos e torcer para que o autor consiga desenvolver bem seus personagens, que, pelo o que foi mostrado, parecem ter histórias e personalidades bem legais de se acompanhar. Basta colocar mais um "tomperinho" nesse negócio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário