quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ficou na memória: Darlene, de Celebridade

Hoje, 26 de novembro, é aniversário de uma das mais queridas e talentosas atrizes brasileiras: Deborah Secco.

Ela está completando 35 anos de idade e 25 de carreira. Sua primeira novela foi Mico Preto (1990) quando tinha 11 anos. Atualmente, ela está no ar todos os dias nas nossas telinhas em Boogie Oogie, interpretando, brilhantemente, a Inês, que, apesar de ser uma personagem secundária, vem agradando os fãs da novela, justamente por causa de seu talento. Ela também vem chamando bastante atenção pelo bom trabalho no filme Boa Sorte, onde dá vida a uma portadora de HIV.

Bom, mas, neste post especial, quero relembrar minha personagem favorita de Deborah nas novelas: a Darlene, de Celebridade (2003), de Gilberto Braga.Darlene só queria uma coisa – ser famosa – e, para conseguir isso, era capaz de fazer qualquer coisa.



Nessa busca incessante pela fama, a maluquinha acabou se metendo em muitas enrascadas e pondo em risco o seu grande amor pelo bombeiro Vladimir (Marcelo Faria).


Darlene achava que para conseguir aparecer tinha que conquistar o nadador Caio (Theo Becker, antes de enlouquecer na Fazenda), mas ele acaba morrendo em um acidente. Então, Darlene tem a brilhante ideia de dizer que estava grávida do nadador e, para isso, pediu para Tadeu (Alexandre Moreno) roubar o sêmen congelado de Caio de um laboratório, mas ele acaba se atrapalhando e entrega para Darlene o próprio sêmen.

A subcelebrity, então, quebra a cara quando os filhos (Marlin e Darlin) nascem, pois eles eram negros, assim como Tadeu, ou seja, a armação toda foi descoberta.



O que também foi marcante era a relação de Darlene com sua amiga Jaqueline (Juliana Paes). As duas eram manicures, tinham obsessão pelos 15 minutos de fama e disputavam o amor de Vladimir. Eu me lembro que, na época da novela, eu detestava a Jaqueline e amava a Darlene não sei por que.




Darlene até que conseguiu o que queria e virou apresentadora de um programa de TV, mas, no final da novela, ela caba abandonando a fama para ficar do lado de Vladimir.



terça-feira, 25 de novembro de 2014

TOP 5: Novelas da Globo dignas do Emmy


Autoras e diretora da novela segurando o prêmio Emmy.

Ontem à noite, a novela Joia Rara, de Duca Rachid e Thelma Guedes, recebeu o prêmio Emmy, o oscar da televisão.

Essa não é a primeira novela da Globo a ganhar o prêmio. O que chama atenção nessa premiação é que a maioria das novelas que já a ganharam não foram um grande sucesso de audiência. 

Na verdade, o critério de julgamento do Emmy vai bem além do quesito audiência. Para os julgadores da premiação, o mais importante é o grau de inovação das novelas. Outro fator importante é o clipe que as emissoras mandam das novelas, que, na maioria das vezes, maquiam o que as tramas realmente são.

Além de Joia Rara, ganharam o prêmio: Caminho das Índias (exibida em 2009 , de Glória Perez), O Astro (exibida em 2011, de Alicides Nogueira e Geraldo Carneiro, baseada na original de Janete Clair) e Lado a Lado (exibida em 2012, de João Ximenes Braga e Cláudia Lage), que conseguiu desbancar o grande fenômeno Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro.

Neste ano, as concorrentes de Joia Rara foram: a portuguesa Belmonte, que conta a história de um conflito familiar (o filho arma uma emboscada para matar o pai, um grande empresário que mantém, secretamente, uma segunda família no Brasil), a filipina My Husband´s Lover, que conta a história de um homem que trai a mulher com outro homem e a canadense 30 vies, que, na verdade, é tipo uma série e já está no ar há um bom tempo e, por isso, também concorreu ao prêmio no ano passado.

Bom, mas chega de papo, e vamos logo ao nosso TOP 5, que vai relacionar as cinco novelas brasileiras, antigas ou não, que se adequam aos critérios do Emmy.

5º LUGAR: O Rebu (2014)



A novela de George Moura e Sérgio Goldenberg, inspirada na original de Bráulio Pedroso (exibida em 1974) faz bem o tipo do Emmy.

 A trama, apesar de não ter agradado muito o público, chamou atenção pela estética e sequência narrativa diferentes.

A novela se passava toda em dois dias (o dia da festa em que aconteceu um crime e o dia seguinte, quando foi feita a investigação) e em flashbacks que ajudavam a desvendar os mistérios da história.

4º LUGAR: O Clone (2002)



A novela de Glória Perez foi bastante inovadora para a época, tratou de um tema bem polêmico e ainda mostrou aspectos de uma cultura estrangeira – tudo que o Emmy mais adora.

A trama se passava entre Marrocos e Brasil e contava a história de um geneticista, o doutor Albierri (Juca de Oliveira), que resolveu clonar Lucas (Murilo Benício), irmão gêmeo de seu afilhado Diogo, que morreu em um acidente de helicóptero.

3º LUGAR: Meu Pedacinho de Chão (2014)



A novela de Benedito Ruy Barbosa e com direção de Luis Fernando Carvalho foi uma verdadeiro experimento realizado nos estúdios da Globo.

A novela inovou muito por se passar em um tempo não determinado e em um local não muito especificado, a Vila de  Santa Fé. Na verdade, tudo na novela era fruto da imaginação infantil, desde os figurinos dos personagens até os bichos que andavam pela vila.

Por toda essa inovação, a novela é forte candidata a ganhar o prêmio ano que vem, e eu já estou na torcida.

2º LUGAR: Cordel Encantado (2011)


Também da dupla Duca Rachid e Thelma Guedes, a novela era uma verdadeira fábula, ambientada no sertão nordestino, na época do cangaço.

A história, que misturava elementos das histórias de príncipes e princesas com ingredientes típicos de filmes sobre cangaceiros, encantou o público e a crítica, atingindo uma ótima audiência.

Cordel Encantado, sem dúvida, merecia o prêmio, mas sequer foi indicada. O Astro, exibida no mesmo ano que Cordel, ganhou o prêmio.

1º LUGAR: Que Rei Sou Eu? (1989)



Pensa aí em uma novela ambientada em um reino fictício, no ano de 1776 e repleta de lutas de espada e revoluções. Pensou? É meio impossível de imaginar uma novela assim nos tempos de hoje, né?

Mas, em pleno ano de 1989, o autor Cassiano Gabus Mendes teve essa ideia genial e conquistou em cheio o público.

Na realidade, o cenário da novela era só um disfarce: Avilan, o reino onde a trama se passava, nada mais era que um retrato do Brasil daquela época.


Muito legal essa ideia, né? Por isso, acho essa novela digna de receber o maior prêmio da televisão mundial.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Crítica: ausência de Giulia Gam foi bem aproveitada em Boogie Oogie

Desde o dia 5 de novembro, Carlota, a personagem de Giulia Gam em Boogie Oogie, não dá as caras na novela.

Ao que tudo indica, essa ausência da atriz se deve a uma briga feia que ela teve com o diretor de núcleo da trama, Ricardo Wadington.

Pelo o que parece, Giulinha foi mal educada com o chefe e, por isso, teve que ficar uns dias no cantinho da disciplina.

Carlotinha, não fica com raiva da gente!


Mas, é claro, tudo foi abafado nos bastidores da trama, e os dois disseram que o que aconteceu foi apenas um desentendimento e que a saída temporária de Giulia da novela foi só para dar uma apimentada nos mistérios de sua personagem.

Se isso é verdade ou não, o fato é que o autor da novela, Rui Vilhena, soube usar a ausência de Giulia em favor do desenvolvimento da trama. Primeiro, ele escalou a ótima atriz Joana Fomm (ela havia sido, inicialmente, convidada para fazer o papel de Dona Madalena, mas, na época, por conta de problemas de saúde, não pôde aceitar o convite) para entrar na trama como Odete, tia de Carlota.

Na verdade, Odete entrou para a novela para substituir Carlota. Ao longo dessas semanas, ela vem cumprindo a função de vilã e tem conseguido atazanar todos os outros personagens.

Além disso, o autor conseguiu chamar mais ainda atenção para o tal segredo de Carlota. A personagem, mesmo ausente, resolveu mandar uns presentinhos para a família e os inimigos. Para o pessoal de sua casa, ela mandou um caixão e, para Susana (Alessandra Negrini), sua grande rival,ela mandou uma forca. O que será que essas encomendas nada agradáveis querem dizer, hein?

Bom, mas, depois de todo esse tempo ausente, a personagem já tem data marcada para voltar às telinhas: no dia 1º, ela retornará, de maneira triunfal, durante a festa de noivado de Sandra (Ísis Valverde) e Rafael (Marco Pigossi).

Volta logo, Carlota, a gente ama te odiar!!!

Ah, e a Odete, que parece que não é tia da Carlota coisa nenhuma, vai morrer atropelada, o que aumentará o clima de mistério na novela.




Sentirei saudades, Odete!!!

SBT resolve "abrasileirar" Cúmplices de um Resgate e muda nomes das protagonistas

Desde 2012, a emissora de Silvio Santos teve a brilhante e lucrativa ideia de fazer remakes de novelas infantis. 

Primeiro, veio Carrossel, que se revelou um grande sucesso não só de audiência, mas também na área comercial. Em julho de 2013, foi a vez de Chiquititas estrear no canal, e o sucesso também foi alcançado, por isso, a emissora resolveu esticar a novelinha o máximo possível e pretende exibi-la até o meio de 2015, quando vai entrar no ar a nova promessa de sucesso do canal, Cúmplices de um Resgate.

Logotipo da versão mexicana da novela.


Mas, dessa vez, o SBT resolveu não continuar com os erros das tramas anteriores e decidiu “abrisileirar” os nomes dos personagens. As gêmeas protagonistas, que serão interpretadas por Larissa Manoela (a Maria Joaquina, de Carrossel), por exemplo, não vão mais se chamar Silvana (não muito comum para crianças brasileiras) e Mariana, mas sim, Isabela e Manuela.

Larissa Manoela fará gêmeas na nova novela.


Isso deveria ter sido feito desde os tempos de Carrossel, afinal, não é muito comum encontrarmos por aí crianças chamadas de Maria Joaquina, Cirilo, Carmem ou Valéria.




segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Boogie Oogie: Só resta à Beatriz cantar Abandonada por Você

A vida não está nada fácil para Beatriz (Heloísa Périssé), de Boogie Oogie.



 A dona de casa mais amável das novelas atuais tem que enfrentar uma pancada atrás da outra: primeiro, seu amante do passado, Paulo (Caco Ciocler), volta ao Brasil, depois, ela descobre que não é mãe de Sandra (Isis Valverde) e, agora, seu marido, Elisio (Daniel Dantas), vai descobrir a verdade sobre seu caso com Paulo.

Tudo começou quando a recalcada da Cristina (Fabíula Nascimento), tia de Rafael (Marco Pigossi), resolve chantagear Beatriz, dizendo que ia contar tudo para Elísio caso a dona de casa não separasse Sandra de Rafa.

Cristina acaba sendo enxotada pelo marido e resolve que, se ela perdeu o marido, Beatriz também tem que perder, e arma maior confusão no prédio da inimiga, fazendo com que a notícia se espalhasse e chegasse até os ouvidos de Artur (Gustavo Trestini), que detesta Elísio, e resolve insinuar a traição para ele.

Essa insinuação faz Elísio ficar com a pulga atrás da orelha e querer explicações sobre a possível traição. Pressionados, Beatriz e Paulo confessam, e Elísio resolve expulsar a mulher de casa, proibindo-a até de ver seus filhos.

Assim, Beatriz fica com uma mão na frente e outra atrás e resolve afogar suas mágoas cantando essa música aqui ó:




AAAAABAAAAAAAANDONAAAAAADAAAAAA POR VOCÊEEEEEEEEEE!!!!

Diamante batata-quente é a prova de que Império virou uma palhaçada



É, cá estou eu, de novo, para desabafar sobre Império.

O capítulo desse sábado de Império foi a gota d`água, o estopim, o passo final para alcançar o ponto máximo da breguice.

Tudo começou quando Lorraine (Dani Barros) foi à casa do mordomo babão de Maria Marta (Lilia Cabral), Silviano (Othon Bastos), e, lá, encontrou um diamante rosa dando sopa e, claro, não pensou duas vezes e colocou a joia na bolsa para levá-la para casa.

Por favor, eu sei que vocês devem estar pensando "COMASSSSSIMMMMMM??? COMO ALGUÉM DEIXA UM DIAMANTE DANDO SOPA ENQUANTO RECEBE A VISITA DE UMA DESCONHECIDA?!" , mas deixem os questionamentos para o final, já que NADA que eu vou contar nesse post vai fazer sentido.

Bom, Silviano, que até então parecia ser esperto, não percebeu que Lorraine pegou o diamante, e ela foi de boas para casa com a joia na bolsa. Depois de um capítulo, o mordomo, FINALMENTE, deu conta do sumiço do diamante e foi contar tudo para sua patroa, mas, como as paredes têm ouvido, o Comendador (Alexandre Nero) e Cora (Drica Moraes) acabaram ouvindo a conversa e decidiram, assim como Maria Marta, rumar para Santa Teresa à procura do diamante roubado por Lorraine.

Mas, como em novela confusão nunca é demais, na rua de Lorraine, estava acontecendo uma manifestação dos sem-teto com direito até a tropa de choque.

Lorraine, ao saber que está sendo procurada, aproveitou a confusão na rua para dar uma fugidinha até a casa onde estava o diamante para escondê-lo. E adivinha onde ela resolveu esconder a joia? Pensou aí? Não, não foi debaixo do colchão ou dentro do pote de açúcar, mas no MICRO-ONDAS. E o pior ainda estava por vir.

Lorraine mora na casa de Xana (Ailton Graça), que é uma verdadeira creche do bairro, pois o cabelereiro sempre abriga os filhos dos amigos em seu lar, e , justamente nesse dia, dois meninos estavam assistindo TV na sala, quando bateu aquela fome neles, e eles resolverem comer adivinha o quê? SIIIIIIIMMMM!!! LASANHA DE MICRO-ONDAS! E as crianças fizeram a tal lasanha, mas, pelo visto, elas precisam usar óculos, pois nem se deram conta do diamante no micro-ondas.

Xana, ao chegar em casa, acompanhado de Juju (Cris Vianna) e Naná  (Viviane Araújo), percebeu um brilho intenso vindo do micro-ondas e resolveu abrir o aparelho doméstico e pegar o diamante.

Mas, a joia estava, acreditem, MUITO QUENTE, e ninguém que pegou nela conseguiu sustentá-la. A partir daí, todos os personagens envolvidos na cena, inclusive o Comendador, seu motorista e o marido de Lorraine, que estavam na casa procurando pelo diamante, resolvem brincar de batata quente com a joia cor de rosa, que passou de mão em mão até ser rebolada pela janela, alçar um voo e se quebrar em quatro pedaços no meio da multidão que estava na manifestação.



É! Esse foi o início da grande virada que Aguinaldo prometeu para depois do capítulo 100.

Confesso que minha reação ao assistir as cenas foi rir, rir feito um doido, diante tamanha tosquice.

Tá, as cenas foram engraçadas, mas não era isso que o público esperava ver na virada da novela.


Na verdade, Império virou um verdadeiro circo, e aquela novela sombria, dramática e intensa dos primeiros capítulos (AI QUE SAUDADES) deu lugar a uma palhaçada sem fim.


Fernanda Lima, a apresentadora de várias faces

Na semana passada, chamou atenção o fato de Fernanda Lima ter ganhado, por votação popular, o Prêmio Extra de melhor apresentadora do ano.
Muita gente se surpreendeu com isso, mas eu não. Fernanda Lima fez por merecer o prêmio. Mas, para mim, o público votou pensando na Fernanda que apresenta o Amor e Sexo e não naquela do Superstar.




Na verdade, Fernanda parece duas pessoas diferentes. Em Superstar, ela foi travada, fria e impaciente com as ordens que recebia do diretor pelo ponto eletrônico. Isso aconteceu, talvez, pelo despreparo de Fernanda para um programa ao vivo, e, segundo as más línguas, devido à pressão de Boninho, diretor do programa, que resolveu se vingar do seu rival Ricardo Waddington usando Fernanda.

Já em Amor e Sexo, Lima traz para as nossas telinhas uma alegria tão grande que dá vontade de estar lá no palco com ela. O programa em si é divertido, mas Fernanda dá um toque especial de informalidade, no melhor estilo chacrinha de ser, e mostra para o público uma face sua até então desconhecida.




 Por isso, espero que a Globo reconheça, mais ainda, o talento da apresentadora e a presenteie com um programa novo, talvez, nas tardes diárias da emissora, onde ela possa mostrar, em um horário mais acessível, toda sua versatilidade.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Império, desculpa, mas não sinto nada por você



Tá, isso é meio louco, mas eu tenho sentimentos pelas novelas. Por exemplo, eu amo Boogie Oogie (apesar de, nas últimas semanas, esse amor tenha diminuído um pouco, mas isso é assunto para outro post), tô começando a amar Alto Astral, odiava Em Família e Geração Brasil e tinha pena de Salve Jorge e Além do Horizonte.

Mas, quanto a Império, não consigo dizer o que sinto pela novela. Na verdade, a trama de Aguinaldo Silva, mesmo já estando no capítulo 100, ainda não despertou nenhum sentimento em mim.

Não, não que eu ache Império uma novela ruim, pelo contrário, ela tem uma história muito boa, digna de um novelão, mas Aguinaldo Silva não soube desenvolver bem essa história, não soube surpreender o público e muitas decepções aconteceram.

Para mim, a maior decepção da novela foi Cora (Drica Moraes). A personagem, que, na fase inicial, era interpretada por Marjorie Estiano, parecia ser a nova vilã que o público iria amar odiar, com carga dramática, alta capacidade de armar planos diabólicos e, claro, uma pequena dose de humor. Mas, desde quando Drica assumiu a personagem, outro rumo foi tomado, e Cora tornou-se apenas mais uma personagem engraçadinha (até pum ela já soltou), e suas vilanias não passam de frases irônicas ou planinhos infantis. É claro que Drica, como sempre, tem feito o melhor possível com o que recebe do autor, mas, mesmo assim, a personagem não conseguiu conquistar o público.



Ah, e a Cristina (Leandra Leal), o que falar dela? Ela é uma sonsa e, talvez, seja a protagonista de novela mais sem sal dos últimos tempos. Ela consegue ser mais chata que a Paloma, de Amor à Vida e a Marina, de Insensato Coração (ambas interpretadas por Paolla Oliveira) juntas, pelo simples motivo de ficar apenas assistindo sentada a tudo que acontece ao seu redor. Por exemplo, sua suposta irmã dá em cima de seu ex-namorado, e o que é que Cristina faz? Ela fica chorando, só observando pela janela.



E o drama de Cláudio Bolgari (José Mayer)? Já deu o que tinha que dar, não tem mais sentido acompanhar essa história, tão explorada no começo da novela que perdeu a graça.

E a Juju Popular (Cris Vianna)? A trama da personagem ficou muito apagada e, hoje, ela só aparece em cenas curtas, servindo de papagaio para a Xana.

Por falar em Xana (Ailton Graça), é muito sem sentido o fato de o personagem, de uma hora para outra, falar que não gosta de homens. Lembro bem dos primeiros capítulos, quando Xana se dizia apaixonado por Elivaldo (Rafael Losso), ou seja, a reviravolta do personagem é bem difícil de engolir.


Além de todas essas tramas sem graça ou sem sentido, Império tem personagens que estão simplesmente sem função. O núcleo da poligamia, por exemplo, é mais sem graça que Zorra Total e Divertics juntos e não possui nenhuma repercussão entre o público, mesmo sendo um tema polêmico e que sempre gera discussões.


Mas, claro, a novela tem seus pontos positivos. O maior deles é Maria Marta, personagem muito bem interpretada por Lilia Cabral (isso já deu pra perceber, né? Os gifs dela são os mais usados no blog). O único problema da personagem é que ela é tachada como vilã, mas é mais humana do que vários mocinhos da novela. Na verdade, Marta sofre com o abandono do marido e por trás daquele coração frio e daquelas frases venenosas, existe, sim, sentimento.

Marta, nós te amamos!!!


 Por isso, Marta, juntamente com Maria Clara, de quem eu já falei aqui no blog, são as minhas personagens favoritas. Outro personagem de que gosto muito é o Salvador (Paulinho Vilhena), sem dúvida, o melhor trabalho da carreira do ator.

Bom, não poderia deixar de falar do protagonista da novela, que, diferente dos outros personagens principais das novelas de Aguinaldo, como Griselda (Lília Cabral, em Fina Estampa) e Maria do Carmo (Susana Vieira, em Senhora do Destino), não pode ser considerado como um mocinho sofredor. Na verdade, fica difícil de traçar as características de José Alfredo (Alexandre Nero), pois ele é dúbio demais, e sua força, às vezes, soa como frieza, mas gosto muito da interpretação de Nero, apesar dos exageros, que, para mim, são culpa do texto do autor.



E, quanto à audiência, até que não tá tão ruim, mas a repercussão da novela não anda muito boa é tanto que nem gifs da novela a gente encontra mais.

César, meu filho, o que cê vai fazer na Record, hein?

Um dos assuntos do mundo televisivo mais comentados nesses últimos dias foi a contratação de César Filho pela Record.

César filho, o novo contratado da Record.


Pra mim, foi meio difícil de engolir essa notícia, pois é impossível imaginar o César fora do SBT. É tipo a Record sem o Pica-Pau.

É, mas isso é verdade: o até então queridinho de Silvio Santos resolveu alçar novos voos, e olha que esses voos não serão nada baratos. César vai ganhar nada mais, nada menos que a bagatela de 300 mil reais mensais na Record.

O passe de César valorizou depois que ele assumiu o comando do Notícias da Manhã, no SBT, e fez a audiência subir, ameaçando até a liderança da Globo.

Bom, mas a pergunta que fica é: o que ele vai fazer na Record?
Na verdade, não há nada de concreto sobre isso, mas já é certo que César apresentará dois programas: um diário, que pode ser ou o Hoje em Dia ou o Programa da Tarde, ou seja, Britto Jr e Celso Zucatelli não devem ter gostado nem um pouco da chegada do novo colega à emissora; o outro programa que César poderá apresentar será um novo reality show, uma versão do Big Brother com casais.

Britto não consegue nem disfarçar o choro.



Mas, é claro, tudo isso não passa, por enquanto, de especulações. Afinal, na Record, todo mundo já sabe, tudo é feito de última hora e sem nenhum planejamento.

domingo, 2 de novembro de 2014

Alto Astral promove reencontros interessantes



Segunda-feira, estreia a nova novela das sete da Globo, Alto Astral, de Daniel Ortiz.

Bom, já falei, aqui, de como acho as chamadas da novela sem graça, mas que, mesmo assim, fiquei empolgado com o vídeo de lançamento publicado no site da emissora, mas, hoje, venho falar de outro assunto: nesses últimos dias, percebi que Alto Astral vai promover dois reencontros interessantes em seu elenco.

Sílvia Pfeifer e Christiane Torloni vão interpretar, respectivamente, Úrsula e Maria Inês, duas amigas, que, desde a adolescência, disputam o amor do mesmo homem, Marcelo (Edosn Celulari).

Sílvia, Edson e Christiane em Alto Astral.


Bom, até aí, nada de diferente, ok? É, estaria tudo normal, se não fosse pelo fato de Sílvia e Christiane terem interpretado, em 1998, na novela Torre de Babel, um polêmico casal lésbico. Na época, a novela sofria grandes críticas do público, e, por isso, o autor, Silvio de Abreu (o supervisor de texto de Alto Astral), resolveu dar um fim naqueles personagens que não agradaram a audiência por meio da explosão do shopping que era o principal cenário da novela. Entre esses personagens estavam os de Sílvia e Christiane, que sofreram com o preconceito da sociedade da época. Agora, talvez, como em uma homenagem, as duas voltarão a fazer personagens relacionadas.

Sílvia e Torloni em Torre de Babel.

Outro reencontro promovido pela novela será o do ex-casal de comercial de margarina, formado por Cláudia Raia e Edson Celulari, separados há quatro anos. Ela será Samantha, a vilã principal da novela, e ele fará parte de outro núcleo, ou seja, infelizmente, não vai ser dessa vez que veremos os dois juntos em cena novamente, pelo menos não no início da trama.

Cláudia Raia em cena de Alto Astral.


Edson, por sua vez, já deu uma declaração sobre isso e disse que está contente com o reencontro e que será uma boa oportunidade de conversar com a ex-mulher sobre a educação dos filhos durante os intervalos de gravação. 

É, espero que, realmente, o clima nos bastidores seja esse, afinal, já faz tempo que os dois se separaram, e a vida tem que seguir normalmente.

Já foi tarde, Geração Brasil!



Nessa sexta, foi ao ar, FINALMENTE, o derradeiro capítulo de Geração Brasil, novela de Felipe Miguez e Isabel de Oliveira, dupla, até então, muito elogiada pelo sucesso de Cheias de Charme.


Mas, Geração Brasil seguiu um caminho totalmente contrário do da novela das empreguetes (todo dia acordo cedo, moro longe do emprego, quando volto do serviço quero meu sofá...) e foi um mega fracasso, chegando a disputar ponto a ponto com Além do Horizonte o título de pior novela do horário.

Empreguetes, por favor, não esnobem os seus colegas de Geração Brasil!

Eu confesso que, quando começaram as chamadas de Geração, fiquei muito empolgado e pensava: “ Oba! Vai ter uma novela tão boa quanto Cheias de Charme pra compensar a chatice de Além do Horizonte”. É, eu quebrei a cara!

Nos primeiros capítulos, até que parecia legal a história de um empresário renomado do ramo da tecnologia, Jonas Marra (Murilo Benício), querer voltar para o seu país de origem, no caso, o Brasil, por conta de um segredo guardado em um envelope, mas esse entusiasmo só durou até um pouco depois da Copa, quando a novela girava em torno do reality show que iria escolher o sucessor de Jonas, mas, depois daí, foi só decepção, e os autores ficaram mais perdidos que cegos em tiroteio e perderam a mão no desenvolvimento da trama.

Confesso que, para mim, foi difícil aceitar isso, e eu ficava lutando contra as evidências, afirmando que a novela era mal compreendida pelo o público e pela crítica, mas, depois, percebi que a trama não era boa mesmo.

Mas, afinal, o que deu de tão errado assim?

Praticamente tudo...

...Começando pelo protagonista, Jonas Marra, um cara frio e calculista, que chegou até a fingir uma doença grave para pagar de bonzinho. Desse jeito, ficou difíl de o público torcer por ele.


Já imaginou uma novela sem vilão? Pois é, até mais da metade da trama, não tinha alguém que fizesse maldades contra os protagonistas, até que Herval (Ricardo Tozzi) resolveu tirar a máscara, mas já era tarde demais, e a obsessão de Herval por Jonas era meio exagerada.

Ah, e os personagens sem carisma (sim, Brian Benson, Lara, Shin, Davi e Manuela, estou falando de vocês) eram tantos que seria melhor ver o Zorra Total que assistir a um capítulo de Geração Brasil.

Brian até tentou, mas nada diminuiu a sua chatice.

Porém, a decepção maior se deu porque a Globo vendeu, pelas chamadas, uma novela que não existiu: popular, alegre e que agradasse aos jovens, assim como foi Cheias de Charme.

É até difícil de entender como que uma novela da mesma equipe de Cheias de Charme fracassou tanto. 

A resposta é simples: em Geração Brasil, os erros já apresentados em Cheias de Charme foram mais acentuados, como reviravoltas mirabolantes (em Cheias, Inácio era igualzinho ao Fabian, porque uma fabianática o dopou e o levou para uma clínica para que ele fizesse uma cirurgia plástica e ficasse a cara do cantor, já em Geração, Jonas não reconheceu Herval, porque, no passado, ele era obeso), casais sem graça (Rosário e Inácio, em Cheias de Charme, Davi e Manuela e Brian e Lara, em Geração Brasil) e trama arrastada (no começo e no fim, foram muitos os acontecimentos, mas, no meio, os autores ficaram só enchendo linguiça), e a história de Jonas não tinha tanto apelo popular quanto à das empregadas domésticas que se tornaram fenômenos da Internet.

Por fim, alguns atores, que pareciam que iam fazer grandes personagens ficaram perdidos na novela, como Renata Sorrah (Gláucia Beatriz), Titina Medeiros (a eterna Socorro, de Cheias de Charme, mas o personagem dela em Geração foi tão sem relevância que eu nem lembro o nome), André Gonçalves (outro de personagem irrelevante) e Fiuk (ele dava vida a Alex, que, no começo, falavam que ia ser o grande vilão da novela, mas ele morreu quando a trama não tinha nem dois meses de exibição).

Porém, alguns elogios podem ser feitos, como a qualidade técnica da trama (eu, por exemplo, adorava aquelas tomadas aéreas de São Francisco, a trilha sonora e também aquele negócio azul que reproduzia as mensagens que os personagens liam em seus celulares), o lado tecnológico da novela, apesar de exagerado no começo, também foi um ponto positivo e trouxe modernidade à trama, e alguns atores conseguiram se destacar com atuações maravilhosas, como Luís Miranda, que viveu Dorothy, Taís Araújo, que estava muito à vontade na pele de Verônica, Felipe Abib (Ernesto), Cláudia Abreu (Pamela), Isabelle Drummond (Megan) e Rodrigo Pandolfo (Shin), que conseguiram ter uma atuação brilhante, mesmo com personagens chatos, e Leandro Hassum, que fez de Barata um dos melhores personagens da trama.

Barata, realmente, abalou as estruturas da novela.

Por fim, foi também muito positivo o fato de os autores terem reconhecido os erros e tentado repará-los (diferente de uns e outros, como Sílvio de Abreu, que, em Guerra dos Sexos, alegou que a culpa do fracasso da novela era do público que não entendia seu “humor inteligente”), mas, infelizmente, já era tarde demais, por isso, eu não desanimei e acredito que eles ainda irão presentear o público com uma novela tão boa ou melhor que Cheias de Charme (o segredo é esquecer o passado e focar só no presente, o que não se viu em Geração Brasil).