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Autoras e diretora da novela segurando o prêmio Emmy. |
Ontem à
noite, a novela Joia Rara, de Duca Rachid e Thelma Guedes, recebeu o prêmio
Emmy, o oscar da televisão.
Essa não é a
primeira novela da Globo a ganhar o prêmio. O que chama atenção nessa premiação
é que a maioria das novelas que já a ganharam não foram um grande sucesso de
audiência.
Na verdade, o critério de julgamento do Emmy vai bem além do quesito
audiência. Para os julgadores da premiação, o mais importante é o grau de
inovação das novelas. Outro fator importante é o clipe que as emissoras mandam
das novelas, que, na maioria das vezes, maquiam o que as tramas realmente são.
Além de Joia
Rara, ganharam o prêmio: Caminho das Índias (exibida em 2009 , de Glória
Perez), O Astro (exibida em 2011, de Alicides Nogueira e Geraldo Carneiro,
baseada na original de Janete Clair) e Lado a Lado (exibida em 2012, de João
Ximenes Braga e Cláudia Lage), que conseguiu desbancar o grande fenômeno
Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro.
Neste ano,
as concorrentes de Joia Rara foram: a portuguesa Belmonte, que conta a história
de um conflito familiar (o filho arma uma emboscada para matar o pai, um grande
empresário que mantém, secretamente, uma segunda família no Brasil), a filipina
My Husband´s Lover, que conta a história de um homem que trai a mulher com
outro homem e a canadense 30 vies, que, na verdade, é tipo uma série e já está
no ar há um bom tempo e, por isso, também concorreu ao prêmio no ano passado.
Bom, mas
chega de papo, e vamos logo ao nosso TOP 5, que vai relacionar as cinco novelas
brasileiras, antigas ou não, que se adequam aos critérios do Emmy.
5º LUGAR: O
Rebu (2014)
A novela de
George Moura e Sérgio Goldenberg, inspirada na original de Bráulio Pedroso
(exibida em 1974) faz bem o tipo do Emmy.
A trama, apesar de não ter agradado muito o
público, chamou atenção pela estética e sequência narrativa diferentes.
A novela se
passava toda em dois dias (o dia da festa em que aconteceu um crime e o dia
seguinte, quando foi feita a investigação) e em flashbacks que ajudavam a
desvendar os mistérios da história.
4º LUGAR: O
Clone (2002)
A novela de
Glória Perez foi bastante inovadora para a época, tratou de um tema bem polêmico
e ainda mostrou aspectos de uma cultura estrangeira – tudo que o Emmy mais
adora.
A trama se
passava entre Marrocos e Brasil e contava a história de um geneticista, o
doutor Albierri (Juca de Oliveira), que resolveu clonar Lucas (Murilo Benício),
irmão gêmeo de seu afilhado Diogo, que morreu em um acidente de helicóptero.
3º LUGAR:
Meu Pedacinho de Chão (2014)
A novela de
Benedito Ruy Barbosa e com direção de Luis Fernando Carvalho foi uma verdadeiro
experimento realizado nos estúdios da Globo.
A novela
inovou muito por se passar em um tempo não determinado e em um local não muito
especificado, a Vila de Santa Fé. Na
verdade, tudo na novela era fruto da imaginação infantil, desde os figurinos
dos personagens até os bichos que andavam pela vila.
Por toda
essa inovação, a novela é forte candidata a ganhar o prêmio ano que vem, e eu
já estou na torcida.
2º LUGAR:
Cordel Encantado (2011)
Também da
dupla Duca Rachid e Thelma Guedes, a novela era uma verdadeira fábula,
ambientada no sertão nordestino, na época do cangaço.
A história,
que misturava elementos das histórias de príncipes e princesas com ingredientes
típicos de filmes sobre cangaceiros, encantou o público e a crítica, atingindo
uma ótima audiência.
Cordel Encantado,
sem dúvida, merecia o prêmio, mas sequer foi indicada. O Astro, exibida no mesmo ano que Cordel, ganhou o prêmio.
1º LUGAR:
Que Rei Sou Eu? (1989)
Pensa aí em
uma novela ambientada em um reino fictício, no ano de 1776 e repleta de lutas
de espada e revoluções. Pensou? É meio impossível de imaginar uma novela assim
nos tempos de hoje, né?
Mas, em
pleno ano de 1989, o autor Cassiano Gabus Mendes teve essa ideia genial e
conquistou em cheio o público.
Na
realidade, o cenário da novela era só um disfarce: Avilan, o reino onde a trama
se passava, nada mais era que um retrato do Brasil daquela época.
Muito legal
essa ideia, né? Por isso, acho essa novela digna de receber o maior prêmio da televisão
mundial.
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