terça-feira, 25 de novembro de 2014

TOP 5: Novelas da Globo dignas do Emmy


Autoras e diretora da novela segurando o prêmio Emmy.

Ontem à noite, a novela Joia Rara, de Duca Rachid e Thelma Guedes, recebeu o prêmio Emmy, o oscar da televisão.

Essa não é a primeira novela da Globo a ganhar o prêmio. O que chama atenção nessa premiação é que a maioria das novelas que já a ganharam não foram um grande sucesso de audiência. 

Na verdade, o critério de julgamento do Emmy vai bem além do quesito audiência. Para os julgadores da premiação, o mais importante é o grau de inovação das novelas. Outro fator importante é o clipe que as emissoras mandam das novelas, que, na maioria das vezes, maquiam o que as tramas realmente são.

Além de Joia Rara, ganharam o prêmio: Caminho das Índias (exibida em 2009 , de Glória Perez), O Astro (exibida em 2011, de Alicides Nogueira e Geraldo Carneiro, baseada na original de Janete Clair) e Lado a Lado (exibida em 2012, de João Ximenes Braga e Cláudia Lage), que conseguiu desbancar o grande fenômeno Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro.

Neste ano, as concorrentes de Joia Rara foram: a portuguesa Belmonte, que conta a história de um conflito familiar (o filho arma uma emboscada para matar o pai, um grande empresário que mantém, secretamente, uma segunda família no Brasil), a filipina My Husband´s Lover, que conta a história de um homem que trai a mulher com outro homem e a canadense 30 vies, que, na verdade, é tipo uma série e já está no ar há um bom tempo e, por isso, também concorreu ao prêmio no ano passado.

Bom, mas chega de papo, e vamos logo ao nosso TOP 5, que vai relacionar as cinco novelas brasileiras, antigas ou não, que se adequam aos critérios do Emmy.

5º LUGAR: O Rebu (2014)



A novela de George Moura e Sérgio Goldenberg, inspirada na original de Bráulio Pedroso (exibida em 1974) faz bem o tipo do Emmy.

 A trama, apesar de não ter agradado muito o público, chamou atenção pela estética e sequência narrativa diferentes.

A novela se passava toda em dois dias (o dia da festa em que aconteceu um crime e o dia seguinte, quando foi feita a investigação) e em flashbacks que ajudavam a desvendar os mistérios da história.

4º LUGAR: O Clone (2002)



A novela de Glória Perez foi bastante inovadora para a época, tratou de um tema bem polêmico e ainda mostrou aspectos de uma cultura estrangeira – tudo que o Emmy mais adora.

A trama se passava entre Marrocos e Brasil e contava a história de um geneticista, o doutor Albierri (Juca de Oliveira), que resolveu clonar Lucas (Murilo Benício), irmão gêmeo de seu afilhado Diogo, que morreu em um acidente de helicóptero.

3º LUGAR: Meu Pedacinho de Chão (2014)



A novela de Benedito Ruy Barbosa e com direção de Luis Fernando Carvalho foi uma verdadeiro experimento realizado nos estúdios da Globo.

A novela inovou muito por se passar em um tempo não determinado e em um local não muito especificado, a Vila de  Santa Fé. Na verdade, tudo na novela era fruto da imaginação infantil, desde os figurinos dos personagens até os bichos que andavam pela vila.

Por toda essa inovação, a novela é forte candidata a ganhar o prêmio ano que vem, e eu já estou na torcida.

2º LUGAR: Cordel Encantado (2011)


Também da dupla Duca Rachid e Thelma Guedes, a novela era uma verdadeira fábula, ambientada no sertão nordestino, na época do cangaço.

A história, que misturava elementos das histórias de príncipes e princesas com ingredientes típicos de filmes sobre cangaceiros, encantou o público e a crítica, atingindo uma ótima audiência.

Cordel Encantado, sem dúvida, merecia o prêmio, mas sequer foi indicada. O Astro, exibida no mesmo ano que Cordel, ganhou o prêmio.

1º LUGAR: Que Rei Sou Eu? (1989)



Pensa aí em uma novela ambientada em um reino fictício, no ano de 1776 e repleta de lutas de espada e revoluções. Pensou? É meio impossível de imaginar uma novela assim nos tempos de hoje, né?

Mas, em pleno ano de 1989, o autor Cassiano Gabus Mendes teve essa ideia genial e conquistou em cheio o público.

Na realidade, o cenário da novela era só um disfarce: Avilan, o reino onde a trama se passava, nada mais era que um retrato do Brasil daquela época.


Muito legal essa ideia, né? Por isso, acho essa novela digna de receber o maior prêmio da televisão mundial.

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