sexta-feira, 6 de novembro de 2015

I Love Paraisópolis, uma novela que prometia ser um grande sucesso, mas que chegou ao fim sem muito impacto



Hoje chegou ao fim a divertida e maluca novela das sete I Love Paraisópolis. A trama de Alcides Nogueira e Mário Teixeira chega ao fim com um grande mérito, é a maior audiência do horário em dois anos, ou seja, desde Sangue Bom.

Com chamadas bem elaboradas com uma pegada jovem e recebendo uma boa herança da antecessora, Alto Astral, a novela chamou atenção com uma boa sequência de primeiros capítulos, chegando perto até dos 30 pontos, vencendo, facilmente, a então novela das nove, Babilônia.



Mas, com o tempo, a história de Mari (Bruna Marquezine), Ben (Maurício Destri), Margot (Maria Casadevall) e Grego (Caio Castro) foi fraquejando e chegou a um ponto onde mais nada podia acontecer, por isso, a trama chegou ao fim hoje sem muito impacto. Mas a audiência continuou em um bom patamar, apesar da queda, sendo segurada, principalmente, pelas ótimas tramas paralelas criadas pelos autores e muito bem defendidas pelo elenco.

Casal Mariben


Afinal, como não se apaixonar pela garra de Paulucha Rocambole (Fabíula Nascimento), pelas loucuras de Rosicler (Paula Cohen), pela sofrência de Lindomar (Gil Coelho), pela determinação de Patrícia (Lucy Ramos), pelas brigas de Claudete (Mariana Xavier), Mirela (Luana Martau) e  Omara (Priscila Marinho) pelo amor de Paletó (André Loddi), pelas excentricidades de Expedito (José Dumont), que morreu e ressuscitou, pelo bordão favelaaaaaaaada ecoado, exaustivamente, pelo ótimo Júnior, ou Juneca Purpurina (Frank Menezes), principalmente, para Melodia (Olívia Araújo) e, é claro, pela doçura da Dona Izabelita (Nicete Bruno)?

Além deles, Jávai (Babu Santana),Dália (Zezeh Barbosa), Eva (Sorraya Ravenle), Natasha (Carolina Oliveira), Tinoca (Alice Borges),Ximena (Caroline Abras), Olga (Paula Barbosa), Armandinho (Eduardo Duseck), Deodora (Dani Ornellas) e Silvéria (Ilana Kaplan) também tiveram ótimos momentos, graças a seus intérpretes e ao texto afiado da dupla de autores.

I Love é um dos poucos exemplos de novela onde todos os atores conseguiuram ter destaque, mesmo com o elenco numeroso.

Letícia Spiller, por sua vez, acertou em cheio com Soraya, uma personagem que vai contra qualquer rótulo, ora, vilã, ora, alívio cômico, ora, bandida, ora, vítima. A atriz vem, a cada trabalho, mostrando mais maturidade.

Ela fez uma ótima dupla com Frank Menezes, o impagável Júnior.


Tatá Werneck (Danda) tem o seu nome grafado em segundo lugar na abertura, mas sua personagem se mostrou ser mais uma das ótimas personagens secundárias da novela. Como não rir de susas “dandices” e não se divertir com seu inglês maluco? A humorista vem se consolidando como atriz de novela e já está escalada para outra trama,Haja Coração, de Daniel Ortiz, que substituirá Totalmente Demais.



Bruna Marquezine e Maurício Destri (Ben) tiveram uma química imediata, mas seus personagens  foram se apagando com o decorrer da trama. Já Margot (Maria Casadevall) e Grego (Caio Castro), incialmente, vilões, roubaram a cena merecidamente.

Casal Gregot


O grande trunfo de I Love, sem dúvidas, foram essas ótimas tramas paralelas, que mais pareciam esquetes de um programa de humor, aliadas a efeitos sonoros que lembravam onomatopeias de histórias de quadrinho.

Já teve programa humorístico que mostrava as loucuras de moradores de um condomínio, então, por que não mostrar as loucuras de moradores de uma favela?

Por falar em favela, o retrato feito da comunidade de Paraisópolis pela novela recebeu críticas por ser muito fantasioso e idealizado, mas, gente, isso é novela das sete e não um documentário, não é mesmo?




E a principal função de uma novela das sete é fazer as pessoas rirem sem compromisso e sem esforço, com uma história fácil de entender, e isso I Love Paraisópolis cumpriu com louvor, apesar dos deslizes e, como diz a música de abertura da novela, “a felicidade mora aqui”.

E que venha Totalmente Demais!


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