Vídeo Show, o programa que ressurgiu das cinzas

Hoje, dia de finados, é também o dia de comemorar o aniversário dela que é formada em artes cênicas pela UNICAMP, mas que o destino a fez virar repórter de um programa de humor e, agora, apresentadora de um programa da Globo, dona do maravilhoso boradão AAAAAAAAAGATHA e geradora de muitos memes, graças à sua sinceridade e autenticidade.

É claro que estou falando da maravilhosa Mônica Iozzi e, por isso, hoje vamos analisar o programa dela, o também maravilhoso Vídeo Show.

O Vídeo Show, pra mim, é tipo um Jornal Nacional do entretenimento. Pera aí, como assim?

Eu vou explicar: assim como o JN, é aquele programa tradicional que todo mundo deixa a TV ligada nele, mesmo que ninguém esteja  assistindo, mas, até o começo deste ano, essa situação vinha mudando, porque o Vídeo Show estava, simplesmente, INASISTÍVEL.

Nada ali era legal. Zeca Camargo tava mais perdido que cego em tiroteio, Otaviano Costa tentava fazer graça, mas as pautas do programa beiravam o ridículo e boa parte da duração do programa era dedicada a reprises da Escolinha do Professor Raimundo.

Mas, em abril deste ano, eis que surgia uma luz no fim do túnel: meio que de repente, sem muita divulgação e até com um cenário improvisado (um verdadeiro "puxadinho do encontro"), estreava um “novo” Vídeo Show, agora, apresentado por Mônica Iozzi e Otaviano Costa.

Que fofos!

E é aí que entra a nossa aniversariante do dia. No começo dessa nova versão, o programa ainda continuava com aquele jeito meio engessado, mas foi, justamente, a irreverência e a ousadia da apresentadora que fez a direção do programa abrir o olho e entender o que o público queria.

O público quer se divertir, ver coisas curiosas e assistir a algo leve depois do almoço, e é assim que é o novo Vídeo Show.

Otaviano Costa, que, antes, era sem graça, encontrou junto com a sua parceira um tom certo e equilibrado de guiar o programa. Se Mônica é maluquinha e, às vezes, perde a noção com suas ironias, Otaviano consegue domar a situação e retomar o programa e vice-versa.

Apesar de o melhor momento do programa ser as loucuras dos apresentadores no “palco”, as matérias também estão legais e interessantes, graças ao tom irreverente dado pelos repórteres, Aline Prado, Marcela Monteiro, Joaquim Lopes e Giovanna Ewbank, que também merecem elogios.

Outro ponto a ser destacado, que é um reflexo dessa desconstrução que vem ocorrendo na Globo, é a maior liberdade de citar programas e celebridades de outras emissoras. Já fizeram um programa quase todo dedicado ao Silvio Santos, mostrando até cenas raríssimas da passagem dele pela Globo, já falaram sobre a Luciana Gimenez, sobre a Sônia Abrão, que até ficou chateada com Mônica, (desculpa aê, Sônia, mas você precisa aprender a  diferenciar brincadeira de sinceridade), sobre o Gil Gomes, famoso repórter policial do SBT nos anos 90, e Mônica, apesar de não ter citado nomes, já se vestiu com um figurino que, automaticamente, remete à  atual novela da Record, Os Dez Mandamentos, que vem fazendo um grande sucesso.

A permanência de Iozzi no programa ainda é uma dúvida e, qualquer que seja o caminho que ela escolha, tenho certeza de que ela fará bem feito (adorei ela como a Cidinha de Alto Astral) e de que a direção do Vídeo Show aprendeu com ela a levar o programa com mais leveza e irreverência.