quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O que falar desse MasterChef Júnior, que eu mal conheço, mas já considero pakas?


Nessa terça-feira, a grande estreia da TV brasileira foi a versão infantil do já consagrado reality culinário Masterchef.

A Band faz de tudo para sugar o máximo que pode o sucesso que vem obtendo com a competição de chefs amadores e, sem pensar no esgotamento do programa, a emissora resolveu lançar o Masterchef Júnior pouco tempo depois do final da segunda temporada da versão com gente grande
.
Assim como a versão adulta, o reality chamou atenção pela qualidade técnica e, por se tratar de competição mirim, a estrutura do reality foi toda adaptada a essa nova realidade: o cenário ficou lindo, todo colorido e as vinhetas e o pacote gráfico também ganharam um toque mais clean, o que ajudou a criar uma atmosfera mais leve ao programa.


Por falar em mais leve, não foram só o cenário e as vinhetas que passaram por essa mudança não. Os jurados, é claro, estão bem mais amenos em suas críticas e procuraram entender o lado das crianças e funcionaram mais como professores, ou tios que dão conselhos e consolam nos momentos tristes. 

Essa fofura dos jurados chamou bastante atenção e tem gente criticando isso. Eu entendo que o tom adotado por eles cause, sim, uma estranheza a princípio, mas não seria humano que eles adotassem a mesma postura que adotam com os adultos ao tratar com crianças. Esse tom mais meigo, apesar de positivo, em alguns momentos, soou um pouco forçado, mas tenho certeza de que isso vai se ajustar ao longo dos episódios.

Jacquin foi eleito o mais fofo entre os jurados pelas crianças. E elas têm muita razão, né? <3


A edição, como já foi citado, continua maravilhosa e aproveitando o que há de melhor: os perfis dos participantes e dos jurados. O time de crianças que vai competir, como Ana Paula Padrão (que continua sendo ela mesma, mas agindo mais como uma mãezona e tentando acalmar os nervos dos participantes em vez de só ficar os atazanando com a contagem do tempo) , certamente, falará infinitas vezes ao longo desta temporada, pelo título de primeiro MasterChef Júnior do Brasil, é maravilhoso. 

Que coisas fofas!


Crianças de todos os tipos, das mais fofinhas e geradoras de memes às mais choronas e mimadas, mas todas chamaram atenção não só pelo talento incrível na cozinha, que deixou muito adulto, inclusive eu, morrendo de inveja, mas também por terem realmente um jeito de criança e esbanjarem meiguice nas nossas telas.

Infelizmente, o nosso país ainda possui pessoas com o pensamento horrendo e nojento de tratar crianças como mulheres e sexualizá-las, o que se refletiu em alguns comentários feitos sobre o programa. A participante Valentina, de apenas 12 anos, foi alvo de comentários pedófilos.
Essa situação indignante reflete um aspecto horrendo de nossa cultura, que apesar de ser bastante combatido, ainda permanece na mentalidade de algumas pessoas horrendas.

Jacquin ajudando Valentina durante uma prova.

A edição do programa foi super-respeitosa com a imagem das crianças, os pais até foram convidados para assistirem às primeiras provas (o que acabou atrapalhando mais do que ajudando as crianças, já que os pais estavam até mais histéricos do que elas, mas rendeu situações engraçadas), e, em nenhum momento, estimulou esse tipo pensamento.


É, fazer um programa desse tipo com crianças é complicado e merece todos os cuidados possíveis e impossíveis. Não sei se a Band está pronta para encarar esse desafio, que é ainda mais difícil em nosso país, e tomar todas as providências e cautelas necessárias, mas isso veremos ao longo da temporada, que teve, do ponto de vista artístico, uma ótima estreia. Agora, basta só corrigir alguns exageros e seguir o bom ritmo do primeiro episódio.

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