Bom, aqui no Controle, é normal encontrarmos rankings de
cinco coisas separadas em categorias.
Aproveitando o estranhamento que o nome da próxima novela das seis – Êta Mundo Bom –
causou, apesar de eu, particularmente, ter gostado (melhor do que ser
simplesmente o nome do protagonista - Candinho - , como vinha sendo veiculado
antes pela mídia), hoje, o nosso TOP será com as novelas brasileiras de nomes
mais estranhos.
Como essa lista não é nada pequena, um TOP 5 seria muito
difícil de ser realizado, então, hoje, faremos um TOP 10 das novelas com os títulos mais bizarros.
10º LUGAR: Lua Cheia de Amor (1991), de Ana Maria
Moretzsohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa
Essa novela de título excêntrico era uma trama das sete e
era a segunda adaptação da peça Dona Xepa para o formato de telenovela (sim,
aquela Dona Xepa da Record que ninguém assistia foi a terceira versão).
Só que, dessa vez, em vez de contar a história de uma
feirante renegada pelos filhos, a trama trazia uma camelô, que desperta o
preconceito de seus próprios filhos. A camelô era interpretada por Marília
Pera, que voltava às novelas depois de um tempo afastada, e seus filhos, por
Roberto Bataglin e Isabela Garcia.
A novela não fez muito sucesso, chamando atenção apenas por
algumas tramas paralelas. O Viva já a colocou em uma enquete, mas ela foi a
menos preferida pelo público.
E não dá para entender a origem desse nome cafona só com uma
leve pesquisa no Wikipédia.
9º Lugar: Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983), de Walther Negrão
O nome pode ser até estranho, mas é fofinho e faz sentido
com a novela, que tinha uma rede de cantinas como pano de fundo.
Leve e romântica, a novela foi mais um sucesso das seis no
início dos anos 80 (obrigado, Wikipédia!).
8º LUGAR: Dance Dance Dance (2008), de Yoya Wursch
Tentando recuperar o público que deixou órfão com o fim de
Floribella, a Band resolveu investir novamente em uma novela dançante voltada
para o público jovem.
Como a trama se passava em uma escola de dança, a equipe da
novela teve a “criativa” ideia de pôr o título de Dance Dance Dance.
7º LUGAR: Feijão Maravilha (1979), de Bráulio Pedroso
Uma grande relíquia do tradicional horário das sete da
Globo, a novela inaugurou um estilo de comédia mais escrachado e ácido no
horário.
Por trás desse nome estranho e de uma abertura que mais
parecia um clip das chiquititas com o chef Chico, a novela tinha uma trama
policial abordada de forma irônica e muito bem temperada com um humor pastelão
(Santa Clara, faz com que seja reprisada no Viva, por favor!).
6º LUGAR: Balacobaco (2013), de Gisele Joras
Eram meados de 2012, e a Record estava desesperada com o
fracasso de sua novela Máscaras, de Lauro César Muniz. Então, a solução
encontrada foi chamar Gisele Joras, que pensava que sua novela só iria estrear
em abril de 2013, para adiantar os trabalhos de sua nova produção, que se
chamaria Passado Próximo.
Mas, desesperada como só ela, a Record decidiu mexer na
sinopse da novela e resolveu colocar na nova trama tudo aquilo que não tinha em Máscaras, que era uma
novela bem sombria. E foi assim que a emissora transformou o drama de Gisele
Joras em uma novela de humor com nome cafona, o que, é claro, não deu muito
certo, já que a trama era exibida quase às onze horas!
Se a expressão balacobaco significar samba do crioulo doido,
posso afirmar que a novela teve um título certo.
5º LUGAR: Transas e Caretas (1984), de Lauro César Muniz
Ao ler o título pela primeira vez, você toma um suto, né?
Principalmente, por se tratar de uma novela das sete, mas se bem que, nos anos
80, não existia muito essa coisa de politicamente correto.
Se você pesquisar um pouco sobre a história da novela, já
vai ver que o título faz todo sentido: a trama girava em torno de dois irmãos,
um super moderno que tem até um robô, ou seja, ele é, no vocabulário dos anos
80, transado, e o outro que parece que vive no século XIX e tem até uma mucama,
ou seja, é uma pessoa careta.
4º LUGAR: A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), de
Marcos Caruso e Rita Buzzar
A novela era da Rede Manchete e veio com a difícil missão de
segurar os altíssimos índices de Pantanal, novela anterior que foi um mega
sucesso e deixou a Globo de cabelos em pé.
A novela de nome estranho foi escrita por Marcos Caruso
(sim, ele mesmo, o eterno Leleco, de Avenida Brasil e que está no ar atualmente
em A Regra do Jogo no núcleo que tenta imitar, sem sucesso, a Família Tufão) e,
óbvio, contava a história de amor dos personagens Ana Raio (Ingra Liberato) e
Zé Trovão (Almir Sater), que tinham esses nomes estranhos e cafonas por serem
peões de rodeio.
3º LUGAR: De Quina Pra Lua (1986), de Alcides Nogueira
Mais um caso de nome estranho, mas que faz sentido com o
enredo da novela. De quina pra lua é uma forma, digamos, mais elegante de falar
que o sujeito nasceu com o ... virado pra lua, o que significa que tal sujeito
é um cara de muita sorte.
E era justamente sobre isso que a novela falava: de um homem
que morre logo após ganhar uma grana na loteria. Só que o bilhete premiado some,
e a novela toda gira em torno da busca dos personagens pelo tal bilhete.
A novela, que era exibida no horário das seis, foi um grande
fracasso e, por isso, acabou sendo esquecida pelo público.
2º LUGAR: Antônio Alves, Taxista (1996), de Ronaldo
Ciambroni
O ano era 1996, e o SBT, em uma atitude ousada, resolveu
estrear três novelas em um só dia, e uma delas era a cafona (não só no nome)
Antônio Alves, Taxista, fruto de uma parceria da emissora de Silvio Santos com
uma produtora argentina, e que trazia Fábio Jr. como o personagem-título.
Comecei esse post dizendo que novelas que trazem
no título o nome do personagem principal causam certo estranhamento, até porque
essa estratégia é mais comum em novelas mexicanas e reflete certa falta de
criatividade do autor, já que título bom é aquele que transmite bem a ideia
central da novela.
Agora, mais cafona do que colocar o nome do personagem
principal no título é acrescentar a ele a sua profissão. É como se A Regra do Jogo se chamasse Romero Rômulo,
o Político ou Verdades Secretas fosse Angel, a Modelo.
Não preciso nem falar que essa novelinha brega do SBT foi um
fracasso de audiência, né?
1º LUGAR: Pícara Sonhadora, de Henrique Zambelli (2001)
O nome estranho pode ser explicado pelo fato de a novela ser
uma adaptação de uma trama mexicana, chamada de La Pícara Soñadora, mas bem que
o SBT poderia ter achado um nomezinho melhor, né?
Pícara, apesar de não ser muito usada pelos brasileiros e
ter sido motivo para a criação de várias piadinhas, é uma palavra que tá até no
dicionário e não significa garota como muita gente pensa, mas sim astuta. É,
astuta sonhadora seria um título bem pior.
Bianca Rinaldi tentando fazer cara de pícara sonhadora. |
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