quinta-feira, 1 de outubro de 2015

TOP 10: Novelas brasileiras com nomes estranhos

Bom, aqui no Controle, é normal encontrarmos rankings de cinco coisas separadas em categorias.

Aproveitando o estranhamento que o nome  da próxima novela das seis – Êta Mundo Bom – causou, apesar de eu, particularmente, ter gostado (melhor do que ser simplesmente o nome do protagonista - Candinho - , como vinha sendo veiculado antes pela mídia), hoje, o nosso TOP será com as novelas brasileiras de nomes mais estranhos. 

Como essa lista não é nada pequena, um TOP 5 seria muito difícil de ser realizado, então, hoje, faremos um TOP 10 das novelas com os títulos mais bizarros.

10º LUGAR: Lua Cheia de Amor (1991), de Ana Maria Moretzsohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa



Essa novela de título excêntrico era uma trama das sete e era a segunda adaptação da peça Dona Xepa para o formato de telenovela (sim, aquela Dona Xepa da Record que ninguém assistia foi a terceira versão).

Só que, dessa vez, em vez de contar a história de uma feirante renegada pelos filhos, a trama trazia uma camelô, que desperta o preconceito de seus próprios filhos. A camelô era interpretada por Marília Pera, que voltava às novelas depois de um tempo afastada, e seus filhos, por Roberto Bataglin e Isabela Garcia.

A novela não fez muito sucesso, chamando atenção apenas por algumas tramas paralelas. O Viva já a colocou em uma enquete, mas ela foi a menos preferida pelo público.

E não dá para entender a origem desse nome cafona só com uma leve pesquisa no Wikipédia.

9º Lugar: Pão, Pão, Beijo, Beijo (1983), de Walther Negrão



O nome pode ser até estranho, mas é fofinho e faz sentido com a novela, que tinha uma rede de cantinas como pano de fundo.

Leve e romântica, a novela foi mais um sucesso das seis no início dos anos 80 (obrigado, Wikipédia!).

8º LUGAR: Dance Dance Dance (2008), de Yoya Wursch



Tentando recuperar o público que deixou órfão com o fim de Floribella, a Band resolveu investir novamente em uma novela dançante voltada para o público jovem.

Como a trama se passava em uma escola de dança, a equipe da novela teve a “criativa” ideia de pôr o título de Dance Dance Dance.



7º LUGAR: Feijão Maravilha (1979), de Bráulio Pedroso



Uma grande relíquia do tradicional horário das sete da Globo, a novela inaugurou um estilo de comédia mais escrachado e ácido no horário.

Por trás desse nome estranho e de uma abertura que mais parecia um clip das chiquititas com o chef Chico, a novela tinha uma trama policial abordada de forma irônica e muito bem temperada com um humor pastelão (Santa Clara, faz com que seja reprisada no Viva, por favor!).



6º LUGAR: Balacobaco (2013), de Gisele Joras



Eram meados de 2012, e a Record estava desesperada com o fracasso de sua novela Máscaras, de Lauro César Muniz. Então, a solução encontrada foi chamar Gisele Joras, que pensava que sua novela só iria estrear em abril de 2013, para adiantar os trabalhos de sua nova produção, que se chamaria Passado Próximo.

Mas, desesperada como só ela, a Record decidiu mexer na sinopse da novela e resolveu colocar na nova trama tudo  aquilo que não tinha em Máscaras, que era uma novela bem sombria. E foi assim que a emissora transformou o drama de Gisele Joras em uma novela de humor com nome cafona, o que, é claro, não deu muito certo, já que a trama era exibida quase às onze horas!

Se a expressão balacobaco significar samba do crioulo doido, posso afirmar que a novela teve um título certo.

5º LUGAR: Transas e Caretas (1984), de Lauro César Muniz



Ao ler o título pela primeira vez, você toma um suto, né? Principalmente, por se tratar de uma novela das sete, mas se bem que, nos anos 80, não existia muito essa coisa de politicamente correto.

Se você pesquisar um pouco sobre a história da novela, já vai ver que o título faz todo sentido: a trama girava em torno de dois irmãos, um super moderno que tem até um robô, ou seja, ele é, no vocabulário dos anos 80, transado, e o outro que parece que vive no século XIX e tem até uma mucama, ou seja, é uma pessoa careta.

4º LUGAR: A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), de Marcos Caruso e Rita Buzzar



A novela era da Rede Manchete e veio com a difícil missão de segurar os altíssimos índices de Pantanal, novela anterior que foi um mega sucesso e deixou a Globo de cabelos em pé.

A novela de nome estranho foi escrita por Marcos Caruso (sim, ele mesmo, o eterno Leleco, de Avenida Brasil e que está no ar atualmente em A Regra do Jogo no núcleo que tenta imitar, sem sucesso, a Família Tufão) e, óbvio, contava a história de amor dos personagens Ana Raio (Ingra Liberato) e Zé Trovão (Almir Sater), que tinham esses nomes estranhos e cafonas por serem peões de rodeio.



3º LUGAR: De Quina Pra Lua (1986), de Alcides Nogueira


Mais um caso de nome estranho, mas que faz sentido com o enredo da novela. De quina pra lua é uma forma, digamos, mais elegante de falar que o sujeito nasceu com o ... virado pra lua, o que significa que tal sujeito é um cara de muita sorte.

E era justamente sobre isso que a novela falava: de um homem que morre logo após ganhar uma grana na loteria. Só que o bilhete premiado some, e a novela toda gira em torno da busca dos personagens pelo tal bilhete.

A novela, que era exibida no horário das seis, foi um grande fracasso e, por isso, acabou sendo esquecida pelo público.

2º LUGAR: Antônio Alves, Taxista (1996), de Ronaldo Ciambroni



O ano era 1996, e o SBT, em uma atitude ousada, resolveu estrear três novelas em um só dia, e uma delas era a cafona (não só no nome) Antônio Alves, Taxista, fruto de uma parceria da emissora de Silvio Santos com uma produtora argentina, e que trazia Fábio Jr. como o personagem-título.



Comecei esse post dizendo que novelas que trazem no título o nome do personagem principal causam certo estranhamento, até porque essa estratégia é mais comum em novelas mexicanas e reflete certa falta de criatividade do autor, já que título bom é aquele que transmite bem a ideia central da novela.

Agora, mais cafona do que colocar o nome do personagem principal no título é acrescentar a ele a sua profissão.  É como se A Regra do Jogo se chamasse Romero Rômulo, o Político ou Verdades Secretas fosse Angel, a Modelo.

Não preciso nem falar que essa novelinha brega do SBT foi um fracasso de audiência, né?

1º LUGAR: Pícara Sonhadora, de Henrique Zambelli (2001)


O nome estranho pode ser explicado pelo fato de a novela ser uma adaptação de uma trama mexicana, chamada de La Pícara Soñadora, mas bem que o SBT poderia ter achado um nomezinho melhor, né?


Pícara, apesar de não ser muito usada pelos brasileiros e ter sido motivo para a criação de várias piadinhas, é uma palavra que tá até no dicionário e não significa garota como muita gente pensa, mas sim astuta. É, astuta sonhadora seria um título bem pior.

Bianca Rinaldi tentando fazer cara de pícara sonhadora.



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