Como todo mundo já sabe, hoje, finalmente, depois de muitos
esticamentos, devido ao problema de saúde de Alinne Moraes, a mocinha da
novela, houve a passagem de tempo em Além do Tempo (gente, e que capítulo foi
esse? Estou sem respirar até agora!), e os personagens, no maior estilo “de
volta para o futuro”, se transportaram do século XIX direto para o dia 21 de outubro
de 2015.
Ou seja, a linda novela de época que tanto nos encantou já
se transformou em uma trama atual.
Ousado, né? Acho que vai ser muito legal
acompanhar a trajetória desses personagens em uma vida nova, onde terão uma
segunda chance para consertar os erros do passado, mas resta a dúvida se a
autora, Elizabeth Jhin, conseguirá criar uma história tão cativante quanto a
anterior.
Mas, é claro, que a primeira fase da novela deixará
muuuuuuuuuuuitas saudades, e o nosso TOP 5 de hoje será, justamente, com os
cinco elementos que sentiremos mais
falta devido a essa mudança de épocas na novela.
5º LUGAR: Figurinos e cenários de época
Não preciso nem falar muito, né?
Apesar de serem muito incômodos para os atores, principalmente
em tempos de calor, os figurinos da primeira fase de Além do Tempo deram um
verdadeiro show e encheram os nossos olhos, nos transportando a um clima bem de
época antiga mesmo.
Os cenários, então, transmitem a nós, telespectadores, um
encantamento incrível. O que falar do convento onde Lívia morava e da mansão da
Condessa?
4º Lugar: Costumes da época
Sem sombra de dúvidas, os costumes e tradições da época onde
a novela era ambientada davam uma ajuda à autora nos rumos que ela dava à
história dos personagens.
A obsessão de Bianca (Flora Diegues) por se casar é bem
engraçada e coerente com a sociedade da época, mas não renderia muito em uma
trama atual, o drama de Anita (Letícia Persilles), que foi enganada por
Roberto (Rômulo Estrela) e acabou engravidando dele ganhou um toque a mais pelo
fato de a novela se passar no século XIX e o romance de Gema (Louise Cardoso) e Raul (Val Perré) também ganha contornos dramáticos devido ao contexto social da época.
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A deslumbrada Bianca, um ótimo papel da estreante Flora Diegues. |
Saber usar os elementos de nossa vida atual a favor de sua “nova”
história será um grande desafio da autora.
3º LUGAR: O núcleo da cozinha do casarão da Condessa
Que a condessa é uma personagem maravilhosa disso todo mundo
sabe, mas algo que ajudou e muito no desenrolar dessa personagem são os
empregados que a cercam, e o ponto de encontro deles é, justamente, a cozinha
do casarão.
É lá onde Zilda (Nívea Maria), a chefe dos empregados dava
as ordens e os carões aos outros e é onde estouraram os maiores barracos,
confusões e fofocas, envolvendo personagens ótimos (interpretados por atores
tão ótimos quanto), que não funcionavam apenas como empregados na história da
novela, como Rosa (Carolina Kasting), Anita (Letícia Persiles), Raul (Val
Perré), Pedro (Emílio Dantas), Afonso (Caio Paduan) e Bento (Luiz Carlos
Vaconcelos).
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Carolina Kasting vive um bom momento de sua carreira como a cozinheira Rosa. |
2º LUGAR: O mau humor e o recalquinho de Zilda (Nívea Maria)
Falando em empregados, é impossível não citar Zilda, a
governanta da casa.
Como é a empregada de mais confiança da Condessa e maior
confidente dela, ela se acha no direito de menosprezar e humilhar os outros
funcionários do casarão, o que gerou cenas ótimas de Nívea Maria, que vem
esbanjando talento.
Melhor do que ver Zilda humilhando os outros foi vê-la
possuída pelo espírito do recalquinho quando a Condessa passou a preferir ficar
sobre os cuidados de Lívia (Alinne Moraes).
Na nova fase, Zilda será mãe de Felipe (Rafael Cardoso),
Afonso (como já era na primeira fase) e Severa (Dani Barros) e, agora, ela será
cunhada da Condessa (que não vai ser mais condessa, ai, vai ser muito difícil
se desacostumar!), ou seja, a relação das duas ainda dará muito pano pra manga.
1º LUGAR: Condessa Vitória Castelini (Irene Ravache)
Ai, a Condessa! Que personagem maravilhosa!!!!!!!!!
Ela é vilã? Ela é protagonista? Ela é boa? Ela é má?
Não, ela é, simplesmente, a personagem que vai contra
qualquer estereótipo e conquistou os nossos corações para sempre.
Apresentada, primeiramente, como a malvadona da novela, com
o passar dos capítulos, ela foi se mostrando uma personagem cheia de nuances e
mostrou que suas maldades têm motivos para acontecer e sua amargura também, foi
a vida que a fez ficar assim.
E aquele seu jeito ríspido e irônico que deixa qualquer
pessoa com o rabinho entre as pernas? Maravilhoso, né?
E que cena final foi aquela da Condessa? Muito boa, muito bem dirigida!
Na segunda fase, Vitória será uma empresária falida, que
volta à cidade e tem o desafio de se reencontrar com a filha que abandonou (Emília
– Ana Beatriz Nogueira, outra atriz maravilhosa). Vishhhh, então, as tretas
entre as duas continuam, para o bem da novela, é claro!
O capítulo de hoje seguiu bem o que a equipe da novela
prometeu antes de ela estrear. Foi, sim, um último capítulo e um dos melhores e
mais emocionantes da história da TV. A cena da morte de Lívia e Felipe afogados
na cachoeira se misturando a um diálogo deles lá do inicio da novela e com as
águas se fundindo às cenas atuais, tudo isso embalado por uma música linda (Together, do The xx), foi
de tirar o fôlego.
É claro que toda essa empreitada de dar continuidade a uma
novela mostrando a outra vida dos
personagens é bem arriscada, mas do jeito como esse “último capítulo” foi
construído, deixando brechas nas relações dos personagens, posso dizer que essa
segunda fase promete muito e que o público está bem ansioso para acompanhá-la,
mas também muito exigente, já que a primeira fase nos deixou mal acostumados.
Agora só nos resta acompanhar e torcer para que a autora, o
diretor (Rogério Gomes) e toda a equipe se empenhem nessa “nova novela” do
mesmo jeito que se empenharam na anterior.
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