Ontem, fechando com chave de ouro o famigerado mês de
agosto, estreou, cercada de expectativas, especulações e comparações com Avenida
Brasil, a nova novela das nove (que tá mais pra das dez), A Regra do Jogo, de
João Emanuel Carneiro, ou JEC como é chamado pelos fãs.
Por conta do fracasso de sua antecessora, “Regra” teve sua
divulgação adiantada e aumentada pela Globo, que usou de todos seus recursos
para atrair a atenção do público perdido. E funcionou, porque a novela chamou
atenção antes mesmo de estrear e tinha muita gente bancando o profeta nas redes
sociais dizendo que a trama seria maravilhosa. Eu preferi ficar na minha e
esperar a novela começar para tirar minhas primeiras impressões, até porque não
consegui captar muita coisa daquelas chamadas narradas pelos próprios
personagens.
Atena empurrando o fracasso de Babilônia pra bem longe de A Regra do Jogo! |
Bom, passado o primeiro capítulo, posso dizer que minhas
impressões são das melhores. O primeiro capítulo foi ótimo, conseguiu mostrar a
personalidade dos personagens em meio a vários acontecimentos sem ficar confuso
e, para completar, o desfecho foi surpreendente, deixando aquela curiosidade
maluca pelo próximo capítulo. Parecia um filme, eu mal conseguia piscar. As cenas
do assalto forjado por Romero (Alexandre Nero), seguidas da revelação da
verdadeira personalidade do personagem e da descoberta de que Djanira (Cássia
Kis Magra, ops, Magro) era sua mãe, foram simplesmente incríveis.
A direção comandada por Amora Mautner está maravilhosa. A tal ideia
de gravar a novela com câmeras escondidas funcionou bem e deu mais realidade à
trama. Também adorei o título do capítulo que apareceu logo no começo, dando um
ar de série à novela, espero que isso se mantenha com o passar do tempo.
O roteiro de JEC é inquestionável. Ele conhece o público e
foi jogando, aos poucos, pistas para o que ainda estar por acontecer. São inevitáveis
as comparações com suas outras novelas das nove (A Favorita e Avenida Brasil),
mas Carneiro consegue imprimir uma personalidade diferente a cada trabalho,
sem, é claro, deixar de lado as marcas registradas de seus sucessos. Mas, se
for para comparar, arrisco dizer que A Regra do Jogo, por seu tom mais policial
e sombrio e menos popularesco, lembra mais a história de Flora e Donatela do que as peripécias do pessoal do Divino.
O elenco, por sua vez, estava maravilhoso. Vanessa Giácomo
(Tóia), Alexandre Nero, Cássia Kis Magro e Juliano Cazarré (Merlô) tiveram
ótimos momentos. Susaninha Vieira, apesar de ter aparecido pouco, estava
maravilhosa como sempre e mostrou que promete muito com a sua Adisabeba. Já
Marco Pigossi (Dante) e Cauã Reymond (Juliano) parecem que serão os chatos da
vez, com aquela historinha de vingança e justiça a toda hora. Mas quem roubou a
cena mesmo foi Giovanna Antonelli, fazendo cosplay de Amora Mautner, ela estava simplesmente
perfeita com a sua Atena, totalmente diferente de Bárbara, sua última vilã, em
Da Cor do Pecado, do mesmo autor. Com Atena, JEC trouxe um tipo diferente de vilã, distanciando-se
de suas outras criações para o horário - Carminha (Adriana Esteves) e Flora (Patrícia
Pilar) - , mas tão deliciosa de se acompanhar quanto essas.
Além de tudo isso, os cenários, a iluminação, a abertura e,
principalmente, a trilha sonora estão impecáveis.
Bom, esse foi só o primeiro capítulo, muita coisa ainda pode rolar
por aí, mas A Regra do Jogo já mostrou ter potencial para ser um baita novelão
(ah, como eu tava com saudades disso!).
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